Carreiras e Profissões

Economia

Em dúvida sobre qual curso superior ingressar? Saiba como fazer a melhor escolha!

Segundo especialistas, o aluno prestes a entrar na faculdade deve optar pelo curso superior do qual ele tem mais aptidão

Foto: Divulgação/Pexels

Com a fluidez do mercado de trabalho, está ainda mais difícil a escolha de uma profissão por parte de jovens prestes a ingressar em um curso superior. Muito se fala sobre profissões e mercado do futuro e também sobre a extinção de várias ocupações dentro de alguns anos, o que deixa essa tomada de decisão mais complicada.

A tecnologia avança em um rapidez muito grande e o mercado já carece de profissionais das áreas de tecnologia da informação, por exemplo. Contudo, se engana quem pensa que apenas profissões relacionadas à tecnologia terão espaço no mercado de trabalho do futuro. Sendo assim, o jovem deve optar pelo curso do qual ele tem mais aptidão e não necessariamente escolher uma área ligada à tecnologia.

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Tito Fideles, diretor financeiro do Centro de Ensino Madan, instituição com foco no preparo de estudantes no pré-vestibular, afirma que é um fenômeno global a busca por profissões que envolvem tecnologia digital. Segundo ele, há um aumento da procura por cursos relacionados à tecnologia, mas profissões tradicionais como medicina, por exemplo, ainda continuam com alta procura. 

" Estamos na era digital, que evolui rapidamente e cria novas posições, profissões e, consequentemente, o interesse por elas no mercado de trabalho. A maior procura de cursos aqui no Madan é por Medicina e Engenharias, que continuam sendo as maiores notas de corte. Dentro das engenharias conseguimos notar um desvio maior para Computação. Em algumas universidades, como ITA, disciplinas de Programação passaram a integrar o currículo de todas as engenharias. Contudo, é muito importante que o interessado foque no que ele tem aptidão", diz.

De acordo com Tito, com maior acesso à informação, as pessoas conseguem capacitação maior e isso aumenta o nível de concorrência. Ele explica que cada vez mais, o profissional precisa estar mais preparado para ocupar as melhores posições dentro do mercado de trabalho. 

"Há um aumento natural da procura de cursos preparatórios e cursos de especialização. O Madan oferece curso preparatório para vestibular. O curso superior já foi um grande diferencial para várias profissões e hoje o diploma é o mínimo para se tentar uma vaga. Os cursos dão o retorno proporcional à qualidade do curso, o que inclui o tempo de curso. Curso superior é o essencial para as grandes oportunidades, e dura em média, 5 anos. As especializações, pós graduação, mestrado e doutorado são bons exemplos para se fazer um comparativo. O mercado normalmente exige maior especialização e os cursos têm esse objetivo. Seja curso de inglês, informática ou técnico... O Madan é um preparatório para o curso superior e para o mercado de trabalho. Desenvolvemos não só o conteúdo dos alunos, mas a postura e disciplina que eles vão usar tanto na universidade quanto no trabalho depois", afirma.

A estudante Valéria da Silva se deparou com a dúvida na escolha do curso superior. Ela sempre quis cursar educação física, mas o avanço da tecnologia a deixava em dúvida sobre prosseguir ou não com o sonho. "A forma como o mercado evolui acaba deixando a gente na dúvida sim. Cheguei até pensar em cursar programação, mas a minha familiaridade com a área é zero. Decidi seguir no sonho de ser uma profissional de educação física e sei que, como profissional, posso usar esse avanço da tecnologia a meu favor", diz a estudante.

Segundo Daniel Rojas, diretor pedagógico do Centro de Ensino Madan, Valéria fez uma escolha correta. Ele explica que a tecnologia vai estar cada vez mais presente no mercado de trabalho e vai atingir todas as profissões, carreiras e formas de trabalho, inclusive, modificando algumas e criando outras. "De uma forma ou de outra, as formas de trabalho serão modificadas, mas para escolha da profissão ou da carreira, o principal critério para escolha deve ser aptidão e o desejo que o aluno tem de trabalhar com aquilo", afirma Rojas.

O diretor pedagógico acredita que o aluno não precisa ficar pensando muito sobre o lado que o desenvolvimento tecnológico vai levar uma determinada profissão. 

"Hoje em dia, por exemplo, cada vez mais os médicos se utilizam de aparelhos cada vez mais modernos e usam até robôs para fazer cirurgias. O médico tem que estar disposto a aprender a trabalhar com aparelhos mais modernos e até trabalhar com robôs. Mas, não necessariamente ele precisa ser o engenheiro que construiu esse aparelho ou esse robô. Então, se a pessoa tem aptidão para fazer medicina para assistir as pessoas, é super interessante realmente ela fazer medicina e não ficar pensando que algum dia os robôs vão tomar a profissão dela. No fundo, qualquer máquina sempre vai precisar de um homem para construí-la e operá-la. O que o profissional precisa é estar preparado para sempre aprender coisas novas", diz.

Curso superior vale a pena?

Há quem se pergunte se realmente é necessária uma formação superior. Para responder essa dúvida, é importante analisar os dados relacionados a emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11% no trimestre encerrado em dezembro de 2019, atingindo 11,6 milhões de pessoas. Fato é que no país, a taxa de desemprego é de 6% entre a população que tem ensino superior completo.  Contudo, a taxa é mais do que o dobro (14%) no grupo que cursou apenas até o Ensino Médio. 

Vai mudar de profissão? Sem problemas!

Profissão escolhida, curso concluído, atuando na área, mas encontrou desejo por uma outra profissão...Se antes esse processo era visto com maus olhos pela sociedade, atualmente isso é muito comum. Segundo especialistas, não há problema algum em reposicionar carreira no mercado de trabalho.

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Neidy Christo, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado

Neidy Christo, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Espírito Santo (ABRH-ES), afirma que é um peso muito grande para jovens de 17 ou 18 anos decidirem por uma profissão para seguir a vida inteira. "A forma como o mercado aceita reposicionamento de carreira e até carreiras múltiplas tira um pouco da responsabilidade de jovens e também de adultos, de escolher uma carreira para sempre", diz.

A especialista em Recursos Humanos comenta que hoje o mercado segue um padrão não linear. "Antigamente, chamávamos isso de carreira linear, na qual tínhamos que escolher lá no início da vida uma carreira e precisava dar conta dela o resto da vida. Hoje em dia as carreiras têm um horizonte enorme, porque eu posso ter carreiras múltiplas ou uma carreira tradicional e também uma carreira totalmente disruptiva", explica Neidy.

Confira o áudio da especialista:

Neidy Christo afirma que mudar uma carreira é completamente normal

Foto: Folha Vitória
Roberta Kato, diretora executiva da Kato

Roberta Kato, diretora executiva da Kato Consultoria & Treinamento revela que a sociedade já teve um certo preconceito com quem decidia reposicionar a carreira. No entanto, ela afirma que isso mudou e não é visto mais como uma 'falha de escolha de profissão'. 

"Eu posso, por exemplo, pela manhã trabalhar aplicando uma consultoria e durante a noite dar aula de balé. Então fica menos pesado para  os jovens e também para os adultos lidaram com essa questão de 'escolher a profissão certa. A profissão certa é aquela que você se encontra nela independente em qual momento da sua vida isso aconteça", comenta Roberta

Que tal cinco dicas para te ajudar a escolher um curso superior?


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