Economia

Antaq priorizará arrendamentos e dragagens em portos e concessão de hidrovias

Redação Folha Vitória

São Paulo - O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, afirmou que arrendamentos e dragagens de portos e concessão de hidrovias estão entre as prioridades do segundo mandato de governo da presidente Dilma Rousseff. Ele pediu, porém, paciência para o desenvolvimento da infraestrutura.

Em relação ao ajuste fiscal do governo e o comprometimento de investimentos, Povia avaliou que a situação "não é catastrófica". "Vamos continuar bem. Temos um ambiente muito propício no setor portuário, um setor em plena atividade", afirmou, em seminário da Intermodal South America.

Segundo ele, a Antaq está "preparada" para fazer arrendamentos necessários e apoia "plenamente" a licitação para dragagem dos portos. "Vamos ver essa modelagem para atender embarcações que hoje crescem. É importante que os nossos portos atendam essas embarcações, isso reduz frete e aumenta eficiência", disse. Ele apontou também que o governo tem mostrado preocupação com a melhoria de gestão das companhias docas.

Sobre a concessão de hidrovias, que devem ser incluídas no Plano de Investimentos em Logística (PIL), Povia afirmou que o projeto piloto é o rio Madeira, ou corredor Centro-Norte, importante eixo de escoamento da produção agrícola e mineral da região Centro-Oeste. A expectativa é de que a licitação ocorra ainda em 2015. "Pensamos em uma Parceria Público-Privada e queremos trabalhar com o Ministério dos Transportes e o Dnit nesse modelo de concessão hidroviária", afirmou Povia.

Outra expectativa para os próximos anos é o marco regulatório para a cabotagem - a navegação entre portos do mesmo país. "Já temos um diagnóstico muito claro do que precisa ser feito. O setor tem muito a oferecer. Os números da cabotagem crescem fortemente, mas a base ainda é muito pequena", disse.

Povia afirmou que o governo vem trabalhando na modernização portuária e destacou que 241 ações já foram concluídas no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), totalizando R$ 43,8 bilhões.

Após reclamações sobre o andamento de projetos de infraestrutura ao longo do seminário, Povia pediu paciência durante sua apresentação. "É preciso que tenhamos um pouco de paciência com as questões envolvendo infraestrutura. São projetos e investimentos cujos resultados demoram a surgir", disse.

Pontos moeda