Economia

Fraqueza da economia chegou ao mercado de trabalho, diz a RC

Redação Folha Vitória

São Paulo - O contingente de pessoas desocupadas, na proporção de 7,4% da População Econômica Ativa (PEA) segundo os critérios de contagem da Pnad Contínua, mostra que os efeitos do esfriamento da economia chegou de forma efetiva ao mercado de trabalho. A avaliação é do economista da RC Consultores Marcel Caparoz, para quem a tendência é para mais deterioração do emprego. Para o ano que vem, a seguir o ritmo atual de desemprego, a taxa deverá subir para 8%, prevê o economista. "A renda das famílias está diminuindo e as pessoas que estavam entrando no mercado de trabalho mais velhas passaram a procurar emprego", disse o economista.

Segundo Caparoz, um exemplo que ilustra bem a tese é a comparação do total de vagas abertas em 2010, de 2,4 milhões, com o total de novos postos de trabalho abertos no ano passado de apenas cerca de 400 mil, segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego. "São mais pessoas disputando um número de vagas bem menor", diz, reiterando que esta dinâmica tende a piorar já que tudo indica que a renda das famílias vai apertar ainda mais daqui para frente.

Caparoz reconhece que não se pode desconsiderar as influências sazonais que a taxa de desemprego no trimestre terminado em fevereiro carrega. Por outro lado, de acordo com ele, não se pode também desconsiderar que de dezembro de 2013 a fevereiro de 2014 a taxa de desemprego subiu 0,6 ponto porcentual de 6,8% para os atuais 7,4%. "A seguir neste mesmo ritmo, a taxa de desemprego no trimestre terminado em fevereiro de 2016 irá para 8%", reafirma o economista. Para ele, o melhor momento para o emprego foi 2014, já que em 2012 a taxa de desemprego foi de 7,8%, em 2013 de 7,7%.

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