Economia

Café da manhã dos capixabas sobe mais que a inflação, aponta pesquisa

Os gastos com os itens que compõem a mesa de café de um capixaba da classe média saltaram de R$ 130,56 em março de 2015 para R$ 160,32 em março deste ano

Foram analisados 10 itens da cesta básica  Foto: Reprodução

O café da manhã dos capixabas ficou mais caro, registrando aumento de 22,8% em março deste ano em comparação com o mesmo período de 2015. Os gastos com os itens que compõem a mesa de café de um capixaba da classe média saltaram de R$ 130,56 em março de 2015 para R$ 160,32 em março deste ano. 

O estudo, realizado pelos professores orientadores da Empresa Júnior do curso de administração da Faculdade Doctum de Vitória, teve como base de dados da pesquisa de cesta básica da classe média capixaba. 

Foram analisados 10 itens da cesta básica de um total de 30 produtos de alimentação para compor o café da manhã. Se comparado com a inflação oficial do país, que ficou em 9,39%, o custo do café da manhã capixaba ficou bem acima em relação a inflação do Brasil. Além disso, ele também ficou acima da evolução do custo da cesta básica da classe média nesse período, que foi de 16,96%.

Produtos que subiram

De acordo com o relatório de pesquisa do projeto, os produtos que tiveram maior aumento de preço nos últimos 12 meses foram: mamão papaya (84,6%), banana prata (54,1%), açúcar refinado (54,7%), manteiga tipo extra (39,9%), leite integral em caixa tipo longa vida (33,2%) e queijo fatiado tipo muçarela (19,5%).

O pão francês, produto de maior participação relativa na cesta do café da manhã (40,4% de peso em 2016) subiu 11,9% em relação ao mês de março de 2015. A pesquisa de preço do pão francês foi feita apenas nos supermercados da região. Nas padarias da Grande Vitória, o item pode ficar de 30% a 35% mais caro em relação aos preços praticados nos supermercados visitados.

Custo por família

O custo total gasto por mês, por uma família padrão da classe média (2 adultos e 2 crianças), com os dez produtos que compõem o café da manhã (achocolatado em pó, açúcar refinado, leite longa vida, manteiga tipo extra, pão de sal, pó de café, queijo mussarela, mamão papaya, banana prata e suco de caixa)  em março do ano passado era de R$ 391,68, mas este ano a população precisou reservar por mês para comprar os mesmos produtos R$ 480,96, representando um acréscimo de R$ 89,28 no orçamento.

O relatório de pesquisa foi organizado pelo Coordenador Geral de Extensão da Rede de Ensino Doctum, professor Paulo Cezar Ribeiro, tendo como coautores os professores Manoel Carlos Rocha Lima e Sheyla Valkiria Dias Passoni. A pesquisa de campo foi executada pelos alunos membros da EJFV.

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