Economia

Presidente do BC diz que ambiente tem se caracterizado por inflação ao redor de metas

Segundo ele, porém, o Brasil precisa prosseguir no caminho das reformas

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 8, durante discurso em evento em Porto Alegre, que o ambiente macroeconômico no Brasil tem se caracterizado por três fenômenos: consolidação da inflação ao redor das metas e expectativas ancoradas; recuperação gradual da economia brasileira; e taxas de juros nos mínimos históricos.

Segundo ele, porém, o Brasil precisa prosseguir no caminho das reformas, "notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia".

Índices gerenciais

O presidente do Banco Central reafirmou que a Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, está sendo reavaliada e será ampliada. Neste aspecto, o BC também está criando índices gerenciais de acompanhamento para medir e estabelecer objetivos claros em relação a cinco fatores.

São eles "a capitalização de mercado proveniente de fontes privadas; a penetração do microcrédito e do cooperativismo nas populações alvo desses programas; o dispêndio em burocracia no acesso a nossos mercados; o grau de intermediação financeira em nossos mercados; e a inclusão de diferentes grupos demográficos em nossos mercados financeiros".

No processo de aprimoramento da Agenda BC+, Campos Neto citou ainda a incorporação de novas dimensões: inclusão, competitividade, transparência e educação financeira. "Essas dimensões serão trabalhadas por meio de ações junto a outros órgãos de governo e à sociedade, e também projetos de leis e alterações infralegais, tendo sempre em vista o objetivo de democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar".

Eliminar distorções

O presidente do Banco Central defendeu o aprofundamento da Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, para "promover um amplo processo de democratização financeira".

"Essa democratização é fundamental para ampliar o provimento de recursos para o setor produtivo em condições justas e gerar benefícios para todos os brasileiros", disse Campos Neto. "Até o presente, a democratização financeira se focou na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. Vamos avançar em outras dimensões e dar um foco especial ao mercado de capitais", acrescentou.

Nesse sentido, Campos Neto voltou a afirmar que o BC pretende "eliminar distorções e implementar políticas que melhorem a eficiência de nossos mercados".

Campos Neto proferiu nesta segunda palestra no almoço de abertura do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.

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