Economia

ARTIGO | Abril verde: empresas reforçam cuidados com a saúde e a segurança do trabalhador

Investir em saúde e segurança no trabalho significa garantir mais qualidade de vida para o profissional

Foto: Renan Donato/Findes

Abril é um mês dedicado à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Mas por que esse tema é tão importante? Investir em saúde e segurança no trabalho significa garantir mais qualidade de vida para o profissional. Além disso, ter um ambiente seguro contribui com a produtividade das equipes e do negócio.

Para relembrar a importância de falar sobre esse tema, em 2005, foi promulgada a Lei nº 11.121, que estabelece a data de 28 de abril como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

Outra forma de reforçar os cuidados com a saúde e segurança do trabalhador é a adesão à campanha Abril Verde, mês em que diversas empresas e instituições, incluindo a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), adotam ações diversas, entre elas a iluminação de prédios e estruturas na cor verde.

O objetivo é disseminar a cultura da prevenção. Essa é uma forma de combater as doenças e os acidentes de trabalho nas indústrias capixabas. 

Ao investir esforços e recursos e atuar de forma colaborativa, respeitosa e cuidadosa com a saúde e a segurança de seus trabalhadores, as empresas tornam-se referência e passam ainda a atrair e reter bons profissionais.

Uma grande parte dos empresários já entendeu que manter o colaborador saudável, tanto físico quanto psicologicamente, contribui também para ele produzir melhores resultados, sendo mais eficiente no exercício da sua função.

A diminuição do número de acidentes e de afastamentos por doenças laborais impacta diretamente na redução do índice de absenteísmo – que é a falta de pontualidade e assiduidade do funcionário – e de presenteísmo – quando o colaborador está no seu local e hora de trabalho, mas não consegue se dedicar à sua função.

É importante lembrar que, de modo geral, cada empresa possui uma realidade diferente quando o assunto é saúde e segurança do trabalho, a depender do seu porte e quantidade de funcionários. 

Mas, todas precisam ficar atentas a um ponto em comum: para que as empresas cuidem dos seus colaboradores e gerem bons resultados é fundamental ter uma gestão eficiente dos ambientes laborais.

Os investimentos em segurança ocupacional, por exemplo, vêm contribuindo, de acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), para a melhorar alguns indicadores sobre o tema.

No Espírito Santo, é possível perceber uma redução de casos no quadro geral no intervalo dos últimos dez anos, conforme os últimos dados disponíveis. O total de acidentes passou de 13.809, em 2011, para 11.753, em 2021, uma redução de 15% no período. A queda é ainda maior ao analisar o número de pessoas que foram a óbito. As fatalidades passaram de 99, em 2011, para 70 em 2021, uma redução de 29%.

A maior parte dos acidentes que ocorreram no Estado em 2021 está relacionada às questões osteomusculares – um conjunto de sinais e sintomas como dor, parestesia, fadiga e limitação da amplitude de movimento. 

Entre as causas de afastamento estão: lesão (19%); corte, laceração, ferida contusa ou punctura (17%); lesão imediata (13%); contusão e/ou esmagamento (8%); escoriação ou abrasão (8%); distensão ou torção (8%) e luxação (7%).

No caso do Brasil, em 2021, foram registrados 571,8 mil acidentes laborais e 2,5 mil óbitos decorrentes deles. Uma média de um acidente a cada quatros horas.

Estamos avançando na redução desses indicadores, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para minimizarmos os impactos na saúde e segurança do trabalhador. Parte desse trajeto passa por seguir normas e portarias que, além de serem uma obrigação legal, também são uma oportunidade de modernizar os parques produtivos das empresas.

Como parte desse processo, o empresário deve lembrar que essa adequação precisa ser feita por profissionais e parceiros qualificados. 

Além disso, é necessário realizar treinamentos e capacitações para conscientizar os funcionários sobre a importância do tema; realizar avaliações de riscos e adotar medidas preventivas para evitar acidentes e doenças ocupacionais; disponibilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e treinar os funcionários sobre seu uso correto; estabelecer normas e procedimentos para as atividades laborais; e manter canais de comunicação abertos para que os funcionários possam relatar problemas e sugerir melhorias.

A Findes, por exemplo, por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi ES), vem desenvolvendo uma série de ações para melhorar a saúde e segurança dos trabalhadores dentro das indústrias capixabas. 

Hoje conseguimos levar atendimentos para todos os municípios do Estado. Isso ocorre por meio das nossas unidades próprias, clínicas parceiras, unidade móveis e atendimentos in company.

Acreditamos que zelar pela saúde e segurança do trabalhador garante a integridade física e mental do profissional; previne acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; aumenta a produtividade e a eficiência dos trabalhadores; reduz custos com afastamentos e processos trabalhistas; e demonstra preocupação e respeito pela equipe.

Por isso, a segurança e a saúde do trabalhador devem ser uma preocupação constante e não apenas durante o mês de abril.

*Artigo escrito por Flávio Rodrigues, gerente-executivo de Saúde e Segurança da Findes.

Foto: Divulgação/Findes


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