Economia

Supermercados terão inflação de 7%

São Paulo - A Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Fipe calculam que o Índice de Preços de Supermercados deve apontar alta de 7% nos preços em São Paulo em 2014. A elevação é maior do que a média de 3% reportada em 2013, destacou o presidente da Apas, João Galassi.

Entre os fatores que contribuem para a elevação de preços estão fatores climáticos pesando sobre alimentos in natura. Além disso, há impacto de alta de custos com impostos e infraestrutura afetando itens industrializados.

Apesar disso, Galassi não acredita em redução de vendas em volume. Ele destacou que dados de 2013 indicam que algumas categorias tiveram queda em volume (sobretudo bebidas e itens como cigarros e alimento para cães), mas considerou que de forma geral o brasileiro continua consumindo as principais categorias.

Segundo dados da Kantar Wordpanel apresentados pela Apas, há tendência de queda de volume vendido de categorias básicas enquanto crescem as vendas de categorias de maior valor agregado (preços 35% acima da média da cesta).

Copa do Mundo

Os executivos do setor acreditam que a Copa do Mundo possa representar um estímulo para crescimento do volume vendido mesmo diante de pressão de preços. Cervejas e refrigerantes tendem a ser beneficiados pelo evento esportivo e o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, destacou que os varejistas negociaram com a indústria promoções, preços atrativos e oferta de brindes para incentivar a compra.

Apesar da perspectiva positiva, uma preocupação é a recente elevação de impostos para bebidas frias. Yamada considerou que é ainda difícil prever se será possível manter preços de bebidas ao menos durante a Copa. "É difícil dizer, mas acredito que a estratégia do governo nesse momento foi conseguir uma arrecadação maior e nossa obrigação é repassar os preços", disse. "Nosso desafio é como fazer isso mantendo os negócios", ponderou.

Yamada comentou que a Abras notou a alta de preços de alimentos neste início de 2014, mas considera este um efeito já comum nos primeiros meses do ano, em razão de questões climáticas que vêm afetando produtores. Ele destacou porém que a aceleração de preços medida em nível nacional este ano se mostra menor do que em 2013. O executivo ainda acredita em normalização dos preços a partir do segundo semestre.

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