Paralisação dos caminhoneiros

Economia

Com paralisação de caminhoneiros, feiras sofrem falta de produtos e aumentos de 400%

Em uma feira livre em Jardim Camburi, em Vitória, o quilo da batata foi vendido por R$ 6,99

A paralisação dos caminhoneiros já causa impactos também nas feiras-livres da Grande Vitória. Nesta sexta-feira (25), a feira de Jardim Camburi registrou falta de folhagens. No mesmo local, o quilo da batata inglesa foi vendida a R$ 6,99. O mesmo produto era vendido por R$ 1,64 uma semana atrás, no dia 18.

A alta nos preços hortifrutigranjeiros começou a ser percebida na terça-feira (22) e é uma das consequências da paralisação dos caminhoneiros. 

"O jeito é comprar duas batatas só e esperar o sistema voltar, ué? Essa é a hora que se aproveitam do pobre coitado do consumidor", comenta o aposentado José Maria.

Quem foi a alguma feira livre nesta sexta-feira também sentiu falta de alguma coisa. “Não veio o pessoal de Marechal, de Domingos Martins. Só veio o pessoal daqui, eu percebi isso desde que cheguei”, disse a aposentada Fátima Peçanha.

A aposentada Cleusa Aguiar também não encontrou tudo o que procurava. O jeito foi improvisar. “Não encontrei folhas. O jeito é levar chuchu”, comenta.

Paralisação

A paralisação dos caminhoneiros chegou ao quinto dia e causa reflexos em mais de 20 estados. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Espírito Santo os protestos contra o preço elevado dos combustíveis se concentram em mais de 12 pontos, distribuídos nos municípios de Colatina, Baixo Guandu, Vila Velha, Itapemirim, Iconha, Viana, Cariacica, Ibiraçu, João Neiva e Linhares.

Com os trabalhadores de braços cruzados desde a última segunda-feira (21), os transtornos já são observados em serviços essenciais, como transporte público, alimentação e segurança. Nos aeroportos, a situação também é complicada. Na última quinta (24), a Infraero informou que o Aeroporto de Vitória possuía reserva de combustível para as aeronaves por apenas 18 horas. 

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