Paralisação dos caminhoneiros

Economia

Paralisação: Indústria e agricultura calculam prejuízos de R$ 300 milhões no ES

No momento, cerca de 70% das indústrias estão paralisadas ou com as atividades severamente prejudicadas.

Apesar de concordarem com as reivindicações dos caminhoneiros, que estão em paralisação há oito dias em todo o Brasil, os representantes de diversos setores já calculam prejuízos milionários no Espírito Santo.

A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por exemplo, estima prejuízos de aproximadamente R$ 300 milhões na indústria capixaba. No momento, cerca de 70% das indústrias estão paralisadas ou com as atividades severamente prejudicadas.

Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha, afirmou que o setor não é contra a manifestação, mas acredita que é preciso haver reciprocidade por parte dos caminhoneiros. "Eles recebem o apoio da população e das entidades. Creio que deveriam haver uma reciprocidade para que pudesse haver circulação das rações para animais", disse.

A Faes ainda não fez um levantamento sobre os números do prejuízo, mas Rocha destaca que a falta dos insumos para alimentação dos animais vai gerar perdas grandes para agricultores e pecuaristas. "Além o prejuízo, isso pode desencadear uma questão de saúde alimentar, por não ter onde descartar os milhares de animais que podem morrer".

Na manhã desta segunda-feira (28), segundo o presidente da Faes, uma reunião foi realizada com participação de membros de diversos setores para encaminhar ao governo estadual um pedido de prorrogação da isenção de ICMS que está próximo ao vencimento.

Paralisação

Mesmo após o pronunciamento do presidente Michel Temer, no último domingo (27), os caminhoneiros disseram que não vão finalizar a greve no Estado. Segundo eles, todos os pedidos não foram atendidos e por isso eles vão continuar com as manifestações.

De acordo com o Governo do Espírito Santo, há 1.646 veículos parados em 29 pontos de manifestação nas rodovias federais e estaduais capixabas. Foram constatados também a presença de 1.605 manifestantes e não há interdição de vias.

“Queria agradecer as pessoas do Espírito Santo pelas doações e o apoio de todos. Do que o Temer propôs para nós, alguma coisa nos interessa, mas têm muitas coisas que os caminhoneiros não concordaram. Esse tempo de 60 dias só não interessa. Nós temos o nosso representante lá e ele vai decidir”, disse um dos caminhoneiros que está em Viana.

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