Economia

Unica: 150 usinas de SP seguem paralisadas; há bloqueios de vias e vandalismo

A associação de usinas ratificou a informação de que até que a situação seja normalizada "haverá uma redução substancial no faturamento das empresas"

Redação Folha Vitória

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou nesta terça-feira, 29, em novo levantamento sobre os impactos da greve dos caminhoneiros para o setor sucroenergético, que as 150 usinas do setor no Estado de São Paulo permanecem paralisadas. A entidade disse que foram identificados "inúmeros bloqueios em rodovias e vias secundárias que dão acesso às usinas", que impedem o abastecimento de máquinas para as operações nas lavouras e indústrias, bem como a retirada de açúcar e etanol para o abastecimento dos mercados interno e externo.

"A amostra da Unica também identificou ocorrências de ações criminosas cometidas contra o patrimônio das empresas. Alguns grevistas contrários à retomada das atividades agrícolas e industriais atacaram as companhias apedrejando ônibus de funcionários, incendiando propositalmente canaviais e impedindo circulação de caminhões-tanques e demais veículos de carga do setor. Relatos indicam, inclusive, que a linha férrea na região de Bauru foi danificada", informou a Unica no documento.

A associação de usinas ratificou a informação de que até que a situação seja normalizada "haverá uma redução substancial no faturamento das empresas", com um prejuízo diário estimado em R$ 180 milhões. "Também haverá postergação no período de moagem, trazendo ônus expressivo ao segmento produtivo e comprometendo a entrega dos produtos".

A Unica informou também que "parte significativa" das 102 usinas produtoras de bioeletricidade para o Sistema Interligado Nacional reduziu a oferta para a rede. "Se o movimento de paralisação dos caminhoneiros permanecer por mais dias, o processo de geração, que está em funcionamento reduzido, pode parar por completo pela falta de insumos na produção", informou. "Depois de normalizada essa situação, o retorno pleno da geração de energia elétrica para a rede ainda pode levar alguns dias, devido aos ajustes necessários nos equipamentos e no processo de geração nas unidades termelétricas", concluiu.

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