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Economia

Sindbares estima 20 mil demissões e 4 mil estabelecimentos fechados no ES

De acordo com o presidente do sindicato, Rodrigo Vervloet, empresários do setor apresentaram um projeto ao Governo do Estado para evitar demissões em massa

Foto: Agência Brasil

A crise no setor de bares e restaurantes pode se agravar devido ao prolongamento das medidas de isolamento social no Espírito Santo. Representantes do segmento estimam que quatro mil empresas terão que fechar as portas por conta da pandemia e podem provocar 20 mil demissões.

O comerciante Bruno Estevão D'Alcol, que administra um restaurante no Centro de Vitória, precisou demitir quatro colaboradores, reduzir a carga horária de dois e suspendeu o contrato de um. Mesmo com essas medidas, teve queda de 80% no faturamento e opera as contas no vermelho desde o início da pandemia. "Estamos negociando com os fornecedores, tentando prorrogar e parcelar contas. A gente tinha uma reserva pequena, mas não vai durar muito tempo. Estou tentando honrar a minha folha de pagamentos", explica.

De acordo com o presidente do Sindbares, Rodrigo Vervloet, empresários do setor apresentaram um projeto ao Governo do Estado para evitar demissões em massa. Nele estavam contidas alternativas para que os bares e restaurantes voltem a funcionar sem limite de horário e com a possibilidade de oferecer algum tipo de entretenimento ao público.

"É uma realidade que nós temos que aprender a conviver. As medidas de cuidado precisam ser implementadas. Afastamento de mesas, fornecimento de cardápios digitais, álcool em gel. São medidas para proteger os clientes", ressalta Vervloet.

Projeto
O plano de reabertura e readequação foi enviado ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no dia 29 de abril, pelo Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Brasil, Abrasel. 

A cartilha, criada pela Abrasel, conta com recomendações e cuidados para uma reabertura segura de bares e restaurantes diante da crise. Entre as medidas para os estabelecimentos está a diminuição da capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível uma separação mínima de 1 metro entre as cadeiras ou 2 metros entre as mesas, o distanciamento de 1 metro entre pessoas nas filas de entrada ou para pagamento, disponibilização de álcool gel 70% para clientes, reforço na higienização do piso e de superfícies, além de lixeiras de tampa e pedal e a ventilação natural do ambiente, se possível. 

A cartilha também conta com orientações para os clientes, como pagamento preferencialmente com cartões ou através do celular, aconselhar que se evite o compartilhamento de talheres, copos ou outros objetos à mesa e cartilhas com instruções sobre a lavagem correta das mãos. 

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV.


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