Economia

Desemprego afeta quase 270 mil pessoas no Espírito Santo

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Um total de 269 mil pessoas estavam desempregadas no Espírito Santo nos três primeiros meses deste ano, o que equivale a 12,9% da população em idade para trabalhar. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e correspondem a pessoas desocupadas no período de janeiro, fevereiro e março de 2021.

Em comparação ao mesmo período de 2020, 238 mil pessoas estavam fora dos postos de trabalho (11,1%). Ou seja, em um ano, 31 mil pessoas perderam ou saíram dos seus empregos.   

Os números, que são resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - (Pnad Contínua), mostram ainda que 1,8 milhão de pessoas estão ocupadas no Estado, apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro), e redução de 4,2% (80 mil pessoas) comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. 

Taxa de informalidade
Segundo a pesquisa, a taxa de informalidade foi de 40,6%, representando 738 mil pessoas nesse tipo de ocupação de janeiro a março de 2021, um aumento de 1,4% em relação a outubro a dezembro de 2020, em que a taxa era de 39,2%. 

Rendimento médio
Já o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.337, no primeiro trimestre de 2021, e não apresentou variação significativa em relação ao trimestre anterior e nem em relação ao mesmo período do ano anterior no Espírito Santo.

60 mil pessoas desistiram de procurar emprego
A pesquisa destaca ainda que um total de 60 mil pessoas estão desalentadas no Estado, ou seja, desistiram de procurar emprego e estão sem expectativa de encontrar. O número cresceu nos últimos meses, já que no primeiro trimestre de 2020, 42 mil pessoas se encaixavam na categoria. 

Veja os dados do primeiro trimestre de 2021:

Foto: Divulgação | IBGE

Panorama nacional

Em âmbito nacional, o Brasil registrou um recorde de 14,805 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em março, segundo os dados da Pnad Contínua iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "É o maior contingente de toda a nossa série histórica", apontou Adriana Beringuy, gerente da Pnad Contínua.

A taxa de desemprego passou de 13,9% no trimestre encerrado em dezembro para um ápice de 14,7% no trimestre terminado em março. O total de desocupados cresceu 6,3% em relação a dezembro, 880 mil pessoas a mais em busca de uma vaga.

Em relação a março de 2020, o número de desempregados aumentou 15,2%, 1,956 milhão de pessoas a mais procurando trabalho.

A população ocupada somou 85,650 milhões de pessoas, 529 mil trabalhadores a menos em um trimestre. Em relação a um ano antes, 6,573 milhões de pessoas perderam seus empregos.

A população inativa somou 76,483 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março, 225 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 9,202 milhões de pessoas.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - caiu de 53,5% no trimestre encerrado em março de 2020 para 48,4% no trimestre até março de 2021. No trimestre terminado em dezembro de 2020, o nível da ocupação era de 48,9%.

>> População desempregada no Brasil alcança recorde de quase 15 milhões de pessoas





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