Economia

Avaliação sobre Banco Central melhora no "Termômetro Broad"

Medidas adicionais para o câmbio foram adotadas neste início de mês, mas todas após o fim do prazo para envio das avaliações do Termômetro Broad

São Paulo - A avaliação do mercado financeiro sobre a gestão do Banco Central melhorou em maio na comparação com abril, enquanto a percepção sobre a gestão do Ministério da Fazenda continuou piorando, segundo o Termômetro Broad, sondagem da Agência Estado, cujo objetivo é captar o sentimento dos agentes em relação à equipe econômica do governo. Proporcionalmente, a evolução das notas do Banco Central foi mais expressiva do que o declínio das notas da Fazenda. Nesse levantamento, 50 instituições responderam aos questionários, no período de 23 a 30 de maio.

A melhora na nota referente à política cambial - de 5,5 em abril para 6,3 em maio - foi o destaque na avaliação do Banco Central, que inverteu a trajetória descendente observada desde março.

Para a gestão de forma geral, a nota média avançou de 5 em abril para 5,6. Para a gestão da política monetária, passou de 4,9 para 5,5, e a comunicação do Banco Central avançou de 5,3 para 5,9.

Um dos fatos marcantes no mercado de câmbio foi a expectativa sobre a rolagem dos contratos de swap cambial, com declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a redução na demanda por esses contratos.

Durante palestra em São Paulo, no dia 22, Tombini disse haver certo arrefecimento na demanda por swaps e que esses contratos de derivativos estariam sendo absorvidos basicamente por fundos de investimento e por empresas não financeiras.

Medidas adicionais para o câmbio foram adotadas neste início de mês, mas todas após o fim do prazo para envio das avaliações do Termômetro Broad. Portanto, só devem ter impacto no próximo levantamento.

Na gestão da taxa de juros, em reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a Selic em 11% ao ano, após ter elevado a taxa básica desde abril do ano passado.

A estabilidade do juro básico já era consenso nas expectativas do mercado financeiro, que agora espera pela ata da reunião para calibrar suas apostas para uma eventual reabertura do ciclo de aperto monetário ou, até mesmo, a possível reversão da política monetária.

Fazenda

Com relação ao Ministério da Fazenda, as notas médias deram sequência ao movimento de queda, tendo chegado em maio aos patamares mais baixos desde que o Termômetro Broad começou a ser produzido, em fevereiro. A média para a avaliação geral da gestão recuou de 3,6 em abril para 3,4 em maio, enquanto a condução da política fiscal passou de 3,4 para 3,3 no mesmo período. A comunicação atingiu 3,2 em maio, ante 3,4 no mês anterior.

Entre os principais destaques da área macroeconômica em maio, o mercado acompanhou a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que cresceu apenas 0,2% ante o quarto trimestre de 2013. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, no período, o cenário internacional foi desfavorável e houve aumento da inflação e redução do crédito, o que afetou o consumo das famílias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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