Economia

CNI: capacidade instalada cai a 80,6% em abril, de 80,8% em março

Redação Folha Vitória

Brasília - A utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria recuou de 80,8% em março para 80,6% em abril, conforme informou nesta terça-feira, 02, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este dado é dessazonalizado. Já a UCI sem ajuste passou de 80,5% para 80,6% no mesmo período de comparação. De acordo com a entidade, a queda sugere uma forte ociosidade do parque fabril. Isso fica evidente, conforme a CNI, quando se observa a variação do indicador comparando os resultados de abril de 2015 com o mesmo período do ano passado (queda de 0,4 ponto porcentual).

O faturamento real da indústria também caiu em abril: -6,4% na comparação com março e -10,3% ante abril de 2014. Apesar disso, nos quatro primeiros meses do ano, o faturamento real registrou queda de 6,7% ante o mesmo período do ano passado. "A queda de todos os indicadores reforça a tendência de contração da atividade industrial", segundo o documento Indicadores Industriais distribuído à imprensa.

Setores

O setor de impressão e reprodução foi o que apresentou a maior queda de faturamento real na indústria de transformação em março ante o mesmo mês do ano passado, informou CNI. De acordo com a entidade, houve recuo de 35,7% no período, o que tornou a situação acumulada do quadrimestre de 2015 negativa em -34,6%.

Também tiveram desempenhos negativos significativos os setores de vestuário (-31,1% em abril e -26,9% nos quatro primeiros meses), veículos automotores (-31,1% e -20,4%), máquinas e equipamentos (-29,1% e -20,8%) e no grupo que compõe produtos diversos (-28,9% e -34,6%).

Apenas quatro setores apresentaram resultados mais positivos no mês de abril. Foram eles: madeira (28,5% e 11,7%), químicos (18% e 18,7%), outros equipamentos de transporte (10,5% e -0,7%) e celulose e papel (4,4% e 7,2%).

Emprego

O nível de emprego na indústria de transformação recuou 1% em abril na comparação com março (dado dessazonalizado) e 4,8% ante igual mês do ano passado. No quadrimestre, a baixa foi de 4,1% ante os quatro primeiros meses de 2014.

Já o número de horas trabalhadas caiu 0,7% em abril sobre março e recuou 9,6% na comparação com o mesmo mês de 2014. No quadrimestre, a queda é de 9,1%. A massa salarial, por sua vez, registrou baixa de 1,7% pelo dado dessazonalizado de março para abril e queda de 5,6% na comparação entre os meses de abril de 2014 e de 2015.

O rendimento médio real dos empregados da indústria - que caiu 0,7% no dado na margem, 0,8% na comparação interanual e 0,1% no acumulado do ano - reforça a tendência negativa para este indicador. "Como reflexo do forte corte de trabalhadores, também foi observada contração tanto da massa salarial como do rendimento médio", segundo boletim Indicadores Industriais.

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