Economia

Indicador Antecedente de Emprego recua 2,5 pontos em maio ante abril, diz FGV

Redação Folha Vitória

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 2,5 ponto em maio ante abril, para 101,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 7. O resultado representa a terceira queda consecutiva, movimento que não ocorria desde o início de 2015. Pela métrica de médias móveis trimestrais, o indicador também apresenta tendência de redução, com recuo de 2,9 pontos em relação ao mês anterior.

"Os últimos dados divulgados da economia brasileira surpreenderam negativamente. Com isso, estão sendo revisados para baixo a taxa de crescimento do país que impacta diretamente a contratação. Neste cenário, o IAEmp reflete a percepção de que tanto a situação dos negócios quanto a disposição de contratar tendem a ser menores nos próximos meses", avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 2,3 ponto em maio ante abril, para 96,5 pontos.

"O menor otimismo quanto ao crescimento da economia no ano de 2018 já está afetando a percepção dos trabalhadores quanto à melhora do mercado de trabalho. O ICD mostra que os trabalhadores continuam reticentes com relação ao futuro, apesar da queda suave da taxa de desemprego", completou Barbosa Filho.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, seis dos sete componentes registraram redução em maio, com destaque para os itens que medem a situação dos negócios nos seis meses seguintes nos setores de Serviços (-6,2 pontos) e da Indústria de Transformação (-5,4 pontos).

No ICD, a elevação de maio teve influência dos consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00 mensais (4,0 pontos) e entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 (4,3 pontos).

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