Economia

CNC apura queda de 5,3% em intenção de consumo das famílias em julho ante junho

Redação Folha Vitória

Rio - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 5,3% em julho na comparação com junho, registrando 86,9 pontos, informou nesta terça-feira, 21, a entidade. O ICF recuou 27,9% na comparação com julho do ano passado. Esse foi o sexto mês seguido de queda do índice, que permanece abaixo dos 100 pontos, indicando uma percepção de insatisfação com a situação atual.

Os mais ricos estão reduzindo sua intenção do consumo mais fortemente. Segundo a pesquisa da CNC, a queda na comparação mensal do nível de confiança das famílias com renda maior que dez salários mínimos foi de 6,5% (85,1 pontos), superior ao registrado entre aquelas com renda inferior a dez salários mínimos, que foi de 5,1% (87,4 pontos).

Todos os indicadores ligados ao consumo (Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo e Momento para Bens Duráveis) estão na zona negativa. O componente Nível de Consumo Atual, por exemplo, ficou em 67,2 pontos, com queda de 4,4% na comparação mensal e de 32,5% em relação ao mesmo período de 2014. A maior parte das famílias (51,5%) declarou estar com o nível de consumo menor que o do passado.

Ainda segundo a CNC, o item Momento para Bens Duráveis é o que registra a pior pontuação (59,8) e o maior recuo na comparação anual (43,4%). É o menor desde o início da série, em janeiro de 2010. O porcentual de famílias que consideram o momento atual desfavorável para a aquisição de bens duráveis alcançou 66%.

O ICF é construído a partir da análise mensal de 18 mil questionários. "Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 1,1% em 2015", diz um trecho do relatório divulgado pela entidade.

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