Economia

Obras do Corredor Leste-Oeste devem ser concluídas em 18 meses na GV

A previsão da Setop é que o investimento total para a conclusão das obras seja de R$ 148 milhões, incluindo o trecho do Corredor Urbano Sudeste

Corredor Leste-Oeste irá interligar os municípios de Cariacica e Vila Velha Foto: Divulgação/Governo

As obras do Corredor Leste-Oeste  devem ser retomadas no próximo mês de agosto. Este é o novo prazo informado pela Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), que obteve a liberação de R$ 124,5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O corredor deverá interligar os municípios de Cariacica e Vila Velha, na Grande Vitória, favorecendo o transporte de cargas pesadas.

A previsão da Setop a conclusão das obras demandará investimento total de R$ 148 milhões, incluindo o trecho do Corredor Urbano Sudeste, interseção com a Leste-Oeste, no valor de R$ 39 milhões.

As obras do Corredor Leste-Oeste tiveram início em julho de 2007 e foram realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) e fazem parte dos investimentos do Governo do Estado em mobilidade urbana gerenciados pela Setop. Os contratos foram paralisados desde o ano passado por falta de recursos, à exceção dos passivos ambientais.

Os órgãos envolvidos acreditam que as próximas etapas deverão cumprir algumas metas como pavimentação do trecho de 2,2 quilômetros de extensão, entre os bairros Rio Marinho, em Vila Velha, e Campo Belo, em Cariacica; construção do viaduto de acesso ao bairro Santa Catarina e viário complementar; ponte sobre o Rio Marinho com extensão de 132 metros; canalização do rio Marinho; transposição de adutora da Cesan, em Cariacica; e a conclusão de trecho do Corredor Sudeste com implantação de ciclovia e canalização do Córrego Maria Preta.

O Corredor Leste-Oeste é um investimento considerado preponderante para ligar as BRs  262 e 101, em Cariacica (Contorno) à Rodovia Darly Santos, em Vila Velha.

Para o secretário Paulo Ruy Carnelli, a rodovia vai diminuir o tempo gasto no percurso em cerca de 20 minutos, contribuindo para a revitalização de áreas atualmente propícias a processos de transformação e valorização urbana, além de oportunizar o adensamento de áreas hoje subutilizadas. 

“A Leste-Oeste será um novo eixo de desenvolvimento na parte sul metropolitana, capaz de atrair empresas e condomínios residenciais, e possibilitará a criação de novas linhas de ônibus, permitindo melhores condições de deslocamento das pessoas”, enfatizou.

Segundo o secretário, as obras são consideradas um desafio para o DER-ES. Isto porque dizem respeito a um projeto de grande porte na Região Metropolitana que é bastante urbanizada, o que na opinião dos gestores demanda muito cuidado e critério no processo de desapropriações. As negociações entre o Estado e os moradores podem extrapolar prazos previstos inicialmente, por razões alheias à vontade do órgão que gerencia as obras.

Outro fator que exige tempo é o tipo de solo encontrado na região. A Leste-Oeste está sendo construída sobre um antigo alagado, com terreno de solo mole. Esse terreno precisa ser estabilizado para que o asfalto não deforme. Para isso, é necessário realizar um procedimento chamado sobrecarga. Neste procedimento, são depositadas toneladas de terra sobre o solo mole, para que o terreno “assente”, o que demanda observação e tempo.

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