Economia

Comitiva capixaba vai a Minas Gerais discutir retorno da Samarco

O encontro acontece na cidade de Mariana e conta com a participação de autoridades mineiras e capixabas

No próximo domingo (16), na cidade mineira de Mariana, o vice-governador capixaba César Colnago e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel participam de um encontro para discutir a retomada das atividades da Samarco. O secretário de estado de Desenvolvimento (Sedes), José Eduardo Azevedo; do prefeito de Anchieta (ES), Fabrício Petri; do prefeito de Mariana (MG), Duarte Júnior; do presidente eleito da Federação da Indústria do ES (Findes), Leonardo de Castro, diretores da Samarco e outros empresários também participam do encontro.

A comitiva capixaba, liderada por Colnago, pretende discutir, junto ao governo e prefeituras de Minas Gerais, a liberação da carta de conformidade da prefeitura de Santa Bárbara (MG). O documento é um dos pré-requisitos para que a mineradora possa voltar a operar. A empresa está com as atividades paralisadas desde 2015, quando houve o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

“Evidentemente há uma questão referente ao passivo ambiental, que está sendo encaminhada por várias instituições da União, dos estados e municípios atingidos, que é fundamental, pois trata da recuperação e sustentabilidade do Rio Doce. A outra questão diz respeito à economia e geração de emprego, pois hoje temos muitas pessoas desempregadas. A Samarco tem um peso muito forte na economia capixaba, cerca de 4 a 5% do PIB. Perder essa atividade gerou um grave problema de desemprego e queda de receita para os dois estados. A nossa ida é para mostrar a nossa motivação de que, discutidas as questões ambientais, possamos ter a retomada da empresa”, esclarece o vice-governador.

As duas unidades operacionais da Samarco estão localizadas em Mariana e Anchieta. No município mineiro, é feita a extração e o beneficiamento do minério de ferro. Já na cidade capixaba, estão quatro usinas de pelotização e um porto.

Para voltar a operar, a Samarco precisa obter a carta de conformidade de todos os municípios mineiros envolvidos em sua cadeia de produção e depois protocolar na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) o pedido de licença operacional corretiva. O documento deve dizer se as estruturas da empresa estão ou não de acordo com a legislação municipal de uso e ocupação do solo. 

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