Economia

Mercosul: nova medida contra Venezuela não está na pauta, diz subsecretário

o Brasil assumirá a presidência temporária do Mercosul durante o segundo semestre

O subsecretário-geral da América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, afirmou nesta sexta-feira que a suspensão da Venezuela do Mercosul não está na pauta oficial da 50ª Cúpula de Chefes de Estado do bloco, no dia 21 de julho, em Mendoza, na Argentina.

"Não está na pauta no sentido de novas decisões, que serão tomadas mais adiante", disse. A previsão é de que, por ora, o País permaneça suspenso, porém Mesquita admitiu que o assunto deve ser tratado na reunião entre os presidentes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Ele destacou que, do ponto de vista político, a situação da Venezuela "continua sendo uma questão prioritária", porém "não há perspectiva de que esse descumprimento (de compromissos firmados pelo país) se resolva no curto prazo". Ele ponderou que "é difícil fazer previsões com a dinâmica da Venezuela" e que a situação ainda pode mudar até a próxima semana.

"Houve uma reunião do Mercosul em abril, na cidade de Buenos Aires, na qual os membros originais consideraram que havia ruptura da ordem democrática na Venezuela. Isso, à primeira vista, não mudou, quem sabe mude nas próximas semanas", avaliou. O subsecretário não descartou o afastamento definitivo do país, mas reforçou que "este não é o objetivo" da suspensão, e sim "encorajar" o país a retomar seus compromissos. "Nossa expectativa é de que Venezuela volte ao Estado Democrático."

Após o encontro da próxima semana, o Brasil assumirá a presidência temporária do Mercosul durante o segundo semestre, e, neste período, Mesquita declarou que o País manterá as consultas junto ao país previstas no Protocolo de Ushuaia. "Cumpridas as etapas, aí se toma a decisão a nível político do que se fazer."

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