Economia

Presidente do BoJ sugere que agressivos estímulos monetários serão mantidos

Redação Folha Vitória

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, sugeriu hoje que o BC japonês deverá manter sua agressiva política de estímulos monetários inalterada, a menos que o ímpeto de aumento dos preços seja revertido.

"Decidimos manter a atual política monetária porque o ímpeto em direção à inflação de 2% continua firme", disse Kuroda durante coletiva de imprensa que se seguiu ao fim da reunião de política monetária do BoJ.

No começo da madrugada, o BC japonês não fez ajustes em sua política, mas reduziu suas projeções de inflação para os próximos anos.

Segundo o BC japonês, a inflação agora só deverá atingir sua meta de 2% em março de 2020, um ano depois do que se calculava anteriormente. A revisão da projeção foi a sexta do BoJ sob comando de Kuroda.

De qualquer forma, por enquanto, Kuroda disse não ver necessidade de relaxamento adicional da política a essa altura.

"Podemos manter, ou até fortalecer, o ímpeto dos preços mantendo a atual configuração da política", justificou Kuroda.

Em relatório trimestral, o BoJ projetou que o núcleo da inflação ao consumidor, que exclui os preços de alimentos, deverá subir 1,1% no ano fiscal que se encerra em março de 2018, ante uma previsão anterior de alta de 1,4%.

De acordo com Kuroda, o avanço nos preços tem sido fraco em parte porque as empresas no Japão vêm tentando absorver o aumento nos custos da mão de obra com ganhos de produtividade, em vez de reajustes nos preços de produtos.

Kuroda afirmou, porém, que embora a atual política seja considerada adequada, isso não significa que o BoJ não poderá considerar um eventual relaxamento ainda maior das condições monetárias.

Ainda na coletiva, Kuroda comentou também que o BoJ melhorou em um grau sua avaliação da economia japonesa, que se expande "de forma moderada". Fonte: Dow Jones Newswires.

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