Desaceleração do INCC-M em julho foi puxada por Serviços e Mão de Obra, diz FGV
O leve recuo no Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) entre junho e julho (de 0,76% para 0,72%) foi influenciado pela desaceleração nos custos de Serviços, aponta a Fundação Getulio Vargas (FGV). O componente teve variação positiva de 0,43% no sétimo mês do ano, abaixo da taxa de 0,53% do mês anterior, com destaque para o item projetos, que passou de 1,09% para 0,42% no período.
O Índice referente a Mão de Obra também desacelerou para 0,51%, de 0,88% no mês anterior, que havia sido influenciado positivamente por reajustes salariais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Por outro lado, a parcela correspondente a Materiais e Equipamentos avançou de 0,64% em junho para 1,11% em julho. Todos os quatro subgrupos componentes registraram alta na taxa de variação, com maior peso para a alta em Materiais para Estrutura, que passou de 0,71% para 1,12%.
Influências individuais
Entre as maiores influências individuais de alta, a FGV destacou os seguintes itens: ajudante especializado (mesmo com a desaceleração de 1,00% para 0,42%), Cimento Portland comum (de 1,33% para 2,16%), Elevador (de 0,11% para 1,36%), Servente (a despeito da queda na taxa de 0,94% para 0,50%) e Pedreiro (mesmo com o recuo da variação de 0,83% para 0,64%)
Por outro lado, as principais contribuições de baixa foram ferragens para esquadrias (de 0,03% para -0,21%), tijolo/telha cerâmica (de 0,31% para -0,01%), taxas de serviços e licenciamentos (que não teve alteração de preços), massa corrida para madeira (mesmo com o avanço da taxa de -1,08% para +0,39%) e mármore e granito trabalhados (ainda que a variação tenha passado de -0,36% para +0,18%)
O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.