Economia

Sumário do BC japonês mostra divergência entre dirigentes de política monetária

Redação Folha Vitória

Tóquio - Os dirigentes do comitê de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) ficaram divididos em relação à limitação da atual política monetária do banco central japonês no fim do mês passado, de acordo com um sumário de opiniões publicado nesta segunda-feira.

Um dos dirigentes, afirma o documento, defendeu que o BoJ "deveria rejeitar a ideia de que o relaxamento monetário tem limites e efeitos colaterais", durante a última reunião do BoJ, realizada em 28 e 29 de julho.

Para ele, a restrição para as compras de bônus do governo japonês (JGBs), por exemplo, seria o total de JGBs em circulação. Atualmente, o BoJ tem a meta de comprar até 80 trilhões de ienes em JGBs por ano.

Por outro lado, outra autoridade do BC japonês argumentou que a baixa liquidez de JGBs com vencimentos muito longos gera o risco de que a volatilidade nos mercados desses papéis cresça ainda mais. "Isso sugere claramente a dificuldade envolvidas nas compras de JGBs, o que serve de precursor para o que vai acontecer nos mercados de JGBs de vários vencimentos", disse.

Na reunião de julho, o BoJ tomou medidas de estímulos apenas secundárias, que incluíram o aumento de suas compras anuais de fundos de índices de ações (ETFs, na sigla em inglês), de 3,3 trilhões de ienes para 6 trilhões de ienes. A medida foi aprovada numa votação por 7 a 2. Os dissidentes foram Takahide Kiuchi e Takehiro Sato.

Também no encontro, o BoJ anunciou planos de conduzir uma ampla reavaliação de sua política na reunião de setembro.

O BoJ divulga as opiniões de seus nove dirigentes de política monetária pouco mais de uma semana após sua reunião de política monetária, sem identificá-los por nome. Posteriormente, o BC japonês publica ata com mais detalhes sobre os encontros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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