Alimento, energia e passagem aérea ajudam na desaceleração do IPC-S, aponta FGV
A desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de julho para a última medição do mês (0,38% para 0,17%) foi sustentada principalmente pelo arrefecimento dos preços no grupo Alimentação (-0,21% para -0,61%). O recuo refletiu a normalização de preços após a greve dos caminhoneiros ter provocado desabastecimento.
Ainda que em alta, o item laticínios conferiu a maior contribuição ao movimento, passando de 6,93% para 4,84, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, dia 1º. Destaque também para o comportamento dos preços da tarifa de eletricidade residencial, que passou de 6,46% na terceira quadrissemana de julho para 5,34% no fechamento do mês, contribuindo para a desaceleração do grupo Habitação (1,34% para 1,08%).
Outro item que demonstrou forte decréscimo em sua taxa de variação foi passagem aérea (17,21% para 4,31%) em Transportes, refletindo o fim das férias escolares. Ainda compõem a lista automóvel usado (-0,33% para -0,62%) também em Transportes, medicamentos em geral (0,23% para 0,18%) em Saúde e Cuidados Pessoais, mensalidade para TV por assinatura (0,13% para -0,19%) no grupo Comunicação e alimentos para animais domésticos (-0,06% para -0,28%) no grupo Despesas Diversas, respectivamente.
Com apenas o segmento de Vestuário registrando aceleração dos preços, a principal contribuição de alta foi o item roupas, que passou de -1,24% na terceira quadrissemana de julho para -1,00% na última medição do sétimo mês.
Mesmo tendo desacelerado, a tarifa de energia elétrica está entre as principais influências de alta, por causa do peso no indicador. Também aparecem entre os itens de maior pressão altista leite tipo longa vida (15,06% para 10,36%), tarifa de ônibus urbano (1,53% para 1,04%), condomínio residencial (1,44% para 1,11%) e plano e seguro de saúde (0,69% para 0,63%).