Economia

Projeto de Lei Orçamentária de 2019 considera alta do PIB de 2,5% em 2019

O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2019 apresentado nesta sexta-feira, 31, pelo Ministério do Planejamento prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano será de 2,5%. No último Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, a projeção de mercado apontava para o mesmo crescimento em 2019.

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a previsão ainda estava em R$ 3,03%.

Já a projeção da PLOA para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 é de 4,25%, a mesma da LDO.

Na última pesquisa Focus, as estimativas dos analistas eram de um IPCA de 4,12% no próximo ano.

Para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 2019, a previsão é de 4,45% na proposta de Orçamento, um pouco acima da anterior, de 4,25%.

A estimativa da equipe econômica para a Selic média em 2019 é de 7,17% ao ano, ante 7,67% na LDO.

O PLOA também traz a projeção de um câmbio médio de R$ 3,62 no próximo ano, ante R$ 3,33. A estimativa de alta da massa salarial nominal é de 7,54% em 2019.

Salário mínimo

O governo prevê o salário mínimo em R$ 1.006 em 2019, de acordo com o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, divulgado nesta sexta-feira. A projeção está acima da feita na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estimava o mínimo em R$ 1.002.

O valor do salário mínimo que efetivamente será praticado só será definido no início do próximo ano.

O reajuste observa uma fórmula que considera o crescimento real do PIB em 2017 (1%) e a variação do INPC em 2018, projetada para 4,20%.

Além disso, é adicionado um resíduo do salário mínimo de R$ 1,75, referente à diferença entre o IPCA previsto e o realizado em 2017.

Regra de ouro

O PLOA 2019 mostra um rombo de R$ 258,179 bilhões na regra de ouro no ano que vem, informou o Ministério do Planejamento. Para cobrir essa insuficiência, o governo está condicionando despesas obrigatórias à aprovação, pelo Congresso Nacional no ano que vem, de um crédito suplementar para contemplar esses gastos.

A regra de ouro impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes. A única exceção é a despesa que for financiada por meio desse tipo de crédito aprovado pelos parlamentares.

O governo condicionou R$ 201,7 bilhões dos valores destinados a benefícios previdenciários à aprovação desse crédito. É quase um terço da despesa do INSS prevista para o ano que vem.

Segundo o Planejamento, o critério adotado foi escolher despesas que não serão realizadas nos primeiros meses do exercício financeiro, "haja vista o tempo de tramitação e apreciação do crédito adicional no Poder Legislativo".

Também ficaram condicionados R$ 30 bilhões em despesas do Benefício de Prestação Continuada (BPC), R$ 15 bilhões do Bolsa Família, R$ 9 bilhões de subsídios e R$ 2,474 bilhões da compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social.