Clima econômico da América Latina cai no trimestre até julho, diz FGV
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou piora pelo segundo trimestre consecutivo, passando de -21,1 pontos no trimestre encerrado em abril para -26,4 pontos no trimestre terminado em julho. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.
O Indicador da Situação Atual (ISA) passou de -47,0 pontos em abril para -67,3 pontos em julho, uma diferença de 14,3 pontos. Já o Indicador das Expectativas (IE) melhorou de 9,2 pontos em abril para 17,2 pontos em julho.
"A queda do ICE da América Latina foi influenciada pelo cenário internacional, com a volta das tensões associadas à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. O ICE Mundial, que já estava numa zona desfavorável em abril (-2,4 pontos) sofreu nova queda e passou a -10,1 pontos", ressaltou a FGV, em nota.
Todos os países que foram o grupo dos BRICS estão na zona desfavorável desde a Sondagem da América Latina de abril, exceto a Índia.
"A desaceleração do crescimento da indústria indiana, no entanto, levou a uma piora do ICE deste país, que passou para a zona desfavorável, em julho. A expectativa de retração no comércio mundial está entre as principais causas para a piora do clima econômico nas maiores economias do mundo", completou a FGV.
O Indicador de Clima Econômico do Brasil saiu de -21,0 pontos em abril para -23,2 pontos em julho. O da África do Sul saiu de -44,5 pontos para -35,2 pontos.
O desempenho da Rússia saiu de -13,9 pontos para - 18,9 pontos. O da Índia piorou de 15,4 pontos para -1,3 ponto. O indicador da China passou de -10,9 pontos para -25,5 pontos.