Foto: Foto: Arquivo Pessoal

É com a visão de ser a produtora de aço mais admirada do mundo, e referência global no setor, que o presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, conduz a empresa. Dessa forma, afirma que ser líder, além de ter uma visão mais ampla de todos os cenários mercadológicos e profissionais, é ser um maestro. Aquele que busca apontar novas perspectivas, sabe ser exemplo e, principalmente,  motivar as pessoas. 

Benjamin Baptista Filho venceu o Prêmio Líder Empresarial 2019 na categoria Líder em Maiores Empresas do Espírito Santo com 36%. E, realmente, os números da  ArcelorMittal Tubarão impressionam. Especializada em aços planos, ela tem capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas ao ano e atende a diversos setores industriais, como automobilístico, eletrodomésticos, naval, tubos, construção civil, implementos agrícolas, entre outros. Além disso, emprega direta e indiretamente mais de 10 mil pessoas. 

Aos 65 anos, e apesar do sucesso profissional, Benjamin Baptista Filho afirma que o maior orgulho em sua trajetória são os três filhos, e faz questão de apontar o pai como o maior exemplo. "Meu pai foi profissional de carreira da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), começou lá como engenheiro e finalizou a carreira como presidente. A siderurgia está no meu DNA e ele sempre foi um exemplo pra mim. E, para completar, eu também carrego o nome dele. Com certeza é o meu maior exemplo de líder".

Benjamin também faz questão de ressaltar os ensinamentos e a liderança de José Armando Campos, hoje presidente do Conselho de Administração da empresa, com quem trabalha há mais de 17 anos.

Apaixonado pela região de Pedra Azul, em Domingos Martins, afirma que daqui a pouco está na hora de dar oportunidade a uma geração mais nova, e com isso, vem preparando a aposentadoria já a algum tempo. Dessa forma, pretende futuramente diminuir a carga de trabalho e desfrutar ainda mais da família e também de um grande hobbie: jogar golfe.

Nascido em Teresina, no Piauí, ele chegou ao Espírito Santo em março de 1983 para trabalhar no desenvolvimento da ArcelorMittal Tubarão. "Eu lembro que nos primeiros estudos, nós tentamos quantificar qual o mercado internacional de placas. Naquela época, não existia ninguém vendendo placa para mandar para outro continente. Foi um grande desafio começar essa operação e conseguir transformar um negócio que não existia, em um negócio de sucesso. Sou grato por ter participado de todo esse processo que foi desafiador e muito bem sucedido. A planta de Tubarão é hoje a maior planta produtora de aço das Américas, isoladamente".  

Quem é você? Como você se define?
Eu diria que sou um pai de família realizado e um profissional de carreira. Sempre estudei muito, comecei a trabalhar muito cedo no ramo de produção de aço e hoje colho os frutos do meu esforço e dedicação.

O que é mais fácil e o que é mais difícil em ser líder? Por quê?
O desafio, que também é prazeroso, é lidar com pessoas com os mais diferentes tipos de experiencia, cultura e valores, entendendo e respeitando essas diferenças, e direcionando-as a trabalhar juntas e produtivamente. Ao mesmo tempo que é difícil é também compensador. Eu sempre trabalhei em equipe, na minha vida inteira nunca trabalhei sozinho. Sempre busquei motivar minhas equipes, buscando reconhecer o esforço que está sendo feito e tendo muita tranquilidade. Eu acho que a maioria dos líderes tem uma qualidade instintiva, natural, uma maneira mais holística de entender o todo. A parte fácil, talvez seja poder trabalhar com maior autonomia e liberdade para elaborar seus próprios processos e tarefas, podendo escolher a forma como vai executá-los.