Economia

Apesar de greve, agências dos Correios no ES continuam abertas

A empresa informou ainda que possui um 'Plano de Continuidade de Negócios', para atender à população em qualquer situação adversa

Foto: Reprodução

Apesar da paralisação de funcionários, que teve início às 0h desta terça-feira (18) no Espírito Santo, os Correios informaram que as agências estão abertas e que todos os serviços estão sendo prestados normalmente. A empresa informou ainda que possui um 'Plano de Continuidade de Negócios', para atender à população em qualquer situação adversa.

A decisão da greve dos trabalhadores dos Correios foi tomada durante uma assembleia geral extraordinária convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios Prestadora de Serviços Postais, Telegráficos, Encomendas e Similares do Espírito Santo (Sintect-ES), na Praça Oito, no Centro de Vitória. Na lista de reivindicações do sindicato está a forma como a empresa conduziu a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Além disso, o Sintect-ES cita a proposta de 0% de reajuste e a retirada de 70 cláusulas do atual acordo coletivo da categoria como justificativa para o início da paralisação.

"Somam-se a isso [condução da empresa na crise da Covid-19] os ataques a direitos históricos em um momento em que os trabalhadores já estão fazendo sacrifícios para manter um serviço que é essencial e vem sendo sucateado nos últimos anos a troco de negociatas com interesses políticos individuais", declarou o sindicato.

Sobre as reivindicações, a empresa - por nota - esclareceu que têm conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, e que desde o início das negociações com as entidades sindicais, tiveram o objetivo de cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A estatal informou que prevê uma economia anual de R$ 600 milhões com medidas de contenção, enquanto as reivindicações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período, o que corresponde a dez vezes o lucro obtido em 2019. Proposta considerada impossível de ser atendida. A empresa disse ainda que segue orientações da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), além das diretrizes do Ministério da Economia.

GREVE EM TODO O BRASIL

A primeira unidade da federação a deflagrar a greve foi o Distrito Federal, que anunciou o início da paralisação a partir das 22 horas desta segunda-feira. A expectativa é de empregados dos Correios de outros estados também se reúnam e aprovem movimentos grevistas, tornando a mobilização nacional.

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