Economia

Capixabas comemoram queda no preço de combustíveis, mas alimentos continuam em alta

O Índice de Preços no Consumidor Amplo (IPCA) caiu 1.31% na Grande Vitória, a terceira maior redução entre as regiões pesquisadas no Brasil

Foto: Agência Brasil

Inflação é um termo que os brasileiros já estão acostumados a ouvir e se refere ao aumento nos preços. Por outro lado, a deflação é quando ocorre um recuo nos valores de produtos e serviços. Dessa forma, a redução de preços de combustíveis e energia fez com que o Brasil registrasse a primeira deflação desde maio de 2020.

Para os consumidores, a queda representa um alívio. O taxista José Geraldo Freitas conta que 30% dos ganhos na profissão é direcionado à gasolina, necessária para trabalhar.

"A redução que houve ajudou bastante e facilitou mais. Acredito que vai reduzir mais um pouco. É o que estamos precisando", destacou o profissional.

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A queda no preço dos combustíveis não só deixou o motorista mais tranquilo, mas também ajudou a derrubar a inflação de julho, quando o Índice de Preços no Consumidor Amplo (IPCA) caiu 1.31% na Grande Vitória, a terceira maior redução entre as regiões pesquisadas.

No país, a queda foi de 0,68%, se tornando a primeira deflação desde maio de 2020. As tarifas de energia elétrica também contribuíram para o resultado

"Essa deflação ocorreu por conta da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 17%. Da mesma forma como ocorreu nos combustíveis, o teto máximo também ajudou na energia elétrica, que era de 25% e passou para 17%", explicou o economista Guilherme Dietze.

Na casa da autônoma Marleide Pereira Santos, a conta de energia caiu cerca de R$ 200 nos últimos dois meses. "Uma queda bem grande. Foi diminuindo aos poucos nos meses passados e agora já está bem melhor", comemora.

Por outro lado, nos supermercados a insatisfação continua. Os números explicam: alimentos e bebidas tiveram a maior variação do IPCA em julho na Grande Vitória, de 1,61%. O vilão é o leite, que subiu mais de 30%, elevando também os valores dos derivados.

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"O leite deu uma disparada. Esse mini requeijão que estou levando está quase R$ 30. Estou levando porque estou com muita vontade de comer. Sou mineira, preciso disso", brinca a artesã Laise Anacleto, durante compras em um supermercado.

Alguns alimentos, no entanto, ficaram mais baratos. O tomate, por exemplo, caiu mais de 31%. "A batata e o tomate baixaram. Agora dá pra comer um pouco mais", comenta a aposentada Maria Eunice de Oliveira Sales.

O economista explica que o momento ainda é difícil para o consumidor, mas que a tendência é de melhora da inflação nos próximos meses. "Para o final do ano, tende a ter um crescimento cada vez menor da inflação", disse.

*Com informações da repórter Luana Damasceno, da TV Vitória/Record TV


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