Economia

Supermercados e marcas se adequam para atender demanda dos clientes após a pandemia

Em Aracruz, no norte do Espírito Santo, um evento reuniu mais de 60 fornecedores para debater as inovações do mercado

Foto: TV Vitória

A pandemia mudou o jeito que o consumidor faz compras. Com isso, a indústria alimentícia precisou se adaptar. Os empresários investiram em tecnologia e retomaram as feiras de negócios. Em Aracruz, no norte do Espírito Santo, um evento reuniu mais de 60 fornecedores para debater as inovações do mercado.

Já se passaram dois anos de mudanças intensas e aceleradas no mundo todo. A pandemia provocou uma verdadeira reviravolta na vida das pessoas. Um dos setores mais afetados é o de consumo de alimentos. O consumidor mudou o jeito de comprar e os critérios também.

A jornalista e comerciante Viviane Carneiro tem dois filhos e passou a se preocupar muito mais com a saúde na hora de escolher o que colocar na mesa. "De uns tempos para cá, estamos olhando mais essa questão, se o produto é mais saudável ou não. Pois é a nossa saúde, nossa vida", afirmou.

Além de buscar alimentos saudáveis, uma grande mudança foi a praticidade. O aumento dos pedidos por delivery disparou durante a pandemia e continua alto. No entanto, muita gente decidiu fazer comida em casa. Com tantas mudanças, a indústria de alimentos e os supermercados precisaram se adaptar.

Os supermercados investiram mais em tecnologia para pagamentos, controle de estoque, aprimoraram as compras online. Agora retomam as feiras de negócios. Tudo para que, ao final, o consumidor tenha preço justo e menos susto na hora das compras.

Neste fim de semana, 65 fornecedores de todo país estiveram na 20ª Convenção de Negócios da Central Supermercados, em Aracruz. De acordo com o presidente da rede, Anderson Sarmenghi, a proposta é estreitar relações.

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"A importância dessa convenção é estreitar o relacionamento entre os associados, os supermercadistas filiados a Central Supermercados, e os fornecedores. Com isso, conseguimos garantir, para o nosso consumidor, nosso cliente, preços competitivos e produtos de qualidade", afirmou.

Nas mesas, a negociação é para conseguir o melhor preço e atender aos desejos do consumidor. Uma expectativa de fechar em torno de R$ 65 milhões em negócios.

A marca capixaba Saboratta, especializada em produtos suínos fez adaptações quando percebeu os novos hábitos das famílias.

"Hoje o consumidor, a nível nacional, está olhando a carne suína com outros olhos. Ele quer um produto com menos sódio, com embalagem menor, pois a família é pequena. Nós estamos buscando sempre melhorias e pensando em nossa saúde", afirmou o diretor comercial da marca, Bruno Dutra.

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Da marca local à multinacional, todos querem estar na lista de compras do consumidor. Segundo a supervisora de vendas da BRF, Tatiana Fialho Roncete, a presença na feira representa a aproximação com o consumidor capixaba.

"Como uma empresa multinacional, é muito importante estarmos nessa feira, que nos aproxima um pouco mais do consumidor capixaba e faz com que a gente traga coisas novas e inovações que levem o consumidor a ter uma praticidade maior no seu dia a dia"

O desafio pode ser grande, mas o consumo de alimentos não para e o setor precisa estar preparado para se adaptar. A Porto Alegre, empresa de laticínios, conseguiu crescer em meio a tantas mudanças e até abriu uma fábrica no Espírito Santo.

"Trouxemos uma fábrica para o Espírito Santo, deixando o mercado mais competitivo. Com isso, a gente consegue trazer qualidade e preço acessível para nossos clientes", afirmou o gerente comercial, Marcelo Fialho.

Em meio a luta por saúde e batalha por causa do aumento de preços, quem está na linha de frente para reaquecer a engrenagem da economia sabe que não pode parar. As estratégias são muitas, inclusive criar uma marca própria na rede de supermercados.

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"Nós fomos atrás das inovações e criamos uma marca própria forte para lançar no mercado. Essa marca, com certeza, fará a diferença para nosso cliente. Que vai ter uma economia, com a qualidade garantida", disse o diretor comercial da Central Supermercados, João Luiz Dorigueti.

*Com informações da repórter Naira Scárdua, da TV Vitória/Record TV

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