Economia

China eleva gasto fiscal em agosto, para combater desaceleração econômica

Redação Folha Vitória

Pequim - O governo chinês impulsionou seus gastos em agosto, no momento em que atua para impulsionar o crescimento econômico e combater o quadro de desaceleração. O gasto fiscal aumentou 25,9% em agosto, na comparação com igual mês do ano passado, para 1,28 trilhão de yuans (US$ 200,1 bilhões), acelerando da alta de 24,1% registrada em julho, informou o Ministério das Finanças.

Nos primeiros oito meses do ano, os gastos fiscais aumentaram 14,8% ante igual período de 2014, para 10 trilhões de yuans, segundo os dados oficiais.

A segunda maior economia do mundo elevou os gastos nos últimos meses, conforme o país mostrava mais sinais de fraqueza. Os indicadores econômicos, entre eles a produção industrial e os investimentos em ativos fixos, vieram mais fracos que o esperado em agosto.

A China adotou medidas na frente monetária para impulsionar o crescimento, incluindo cinco cortes na taxa de juros desde novembro, injetando mais fundos no sistema bancário para impulsionar os empréstimos. Vários economistas, porém, dizem que a China precisa gastar mais, porque o afrouxamento monetário sozinho não é o suficiente para estimular o crescimento. Muitos também disseram que Pequim pode não atingir a meta de crescer 7% neste ano, se a economia continuar com a fraqueza atual.

Na segunda-feira, o órgão de planejamento econômico do país disse que implementará medidas para alocar mais dinheiro para a construção de infraestrutura, incluindo a extensão de dinheiro adicional de um fundo apoiado pelo governo já para o fim de setembro, para projetos que tenham retornos previsíveis.

Autoridades dizem que o crescimento menor no investimento, um importante pilar da economia, se deve principalmente à falta de fundos, com os bancos reduzindo os empréstimos, diante do número maior de dívidas com problemas. Além disso, a desaceleração também desacelera o avanço da receita do governo. A receita fiscal aumentou 6,2% em agosto na comparação anual, para 967,1 bilhões de yuans, abaixo do avanço de 12,5% no ano de julho, segundo dados do Ministério das Finanças.

Na tentativa de encorajar mais gastos e reduzir o peso da dívida dos governos locais, Pequim aprovou neste ano um programa de swap de dívidas de 3,2 trilhões de yuans, que permite aos governos locais trocar seus empréstimos de alto custo e de curto prazo por bônus mais baratos e com vencimentos mais longos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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