Economia

Licenciamento ambiental afetou obras de energia

Redação Folha Vitória

Brasília - A lista de obras problemáticas fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é liderada por uma linha de transmissão de apenas 60 quilômetros, que já deveria entregar energia há mais de sete anos na região de Mogi das Cruzes (SP). O atraso acumulado no empreendimento tocado pela estatal Furnas chega a nada menos que 2.622 dias em relação ao cronograma original.

A rede Tijuco Preto-Itapeti-Nordeste, que tem o propósito de reforçar a segurança do suprimento de energia para a região da Grande São Paulo, tinha previsão de ser entregue em outubro de 2007. Depois de anos de atraso, o projeto acabou entrando na relação de empreendimentos apontados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para atender às exigências feita pela Fifa. Até hoje, a obra não está pronta. No cronograma da Aneel, a previsão mais atual joga essa inauguração para 31 de dezembro deste ano.

Em nota, Furnas declarou que 96% das obras estão concluídas. "O primeiro trecho, entre as subestações Tijuco Preto e Itapeti, com 21 km de extensão, foi energizado em janeiro de 2013. Já o trecho Itapeti-Nordeste, com 29 km, tem previsão de energização até 31 de dezembro de 2014."

O investimento previsto para a construção dos dois circuitos da linha de transmissão é estimado em R$ 166,2 milhões. Questionada sobre as causas de tanto atraso, Furnas informou que "as obras neste trecho tiveram início apenas em julho de 2013 devido a atrasos no processo de licenciamento ambiental e fundiário provocando, inclusive, a rescisão contratual pela empreiteira inicialmente encarregada do projeto".

Furnas também promete entregar no próximo mês a subestação Tijuco Preto, em São Paulo, obra de R$ 69,3 milhões que já carrega no currículo 1.577 dias de descumprimento do que se previa em contrato. As dificuldades com licenciamento ambiental são os argumentos para explicar o atraso de 294 dias na subestação Zona Oeste, no Rio de Janeiro. O projeto de R$ 47,4 milhões, foi concluído em maio, mas houve problemas nos testes, que prorrogaram o prazo para 31 de outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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