Economia

Opep não deve fechar acordo para mudar nível de produção de petróleo, diz fonte

Redação Folha Vitória

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) realiza uma reunião nesta quarta-feira, com a presença de nações que não fazem parte do grupo, como Rússia, Brasil e México, em uma tentativa de buscar uma resposta comum diante da queda nos preços da commodity. Segundo delegados da Opep que pediram anonimato, porém, não deve haver mudanças na cota de produção do cartel.

A Rússia, maior produtora de petróleo do mundo, já disse que não está interessada em cooperação. Os países do Golfo Pérsico que comandam a Opep, por sua vez, também dizem não estar interessados num corte da produção. "A Opep deixou claro meses atrás que não iria interferir para controlar os preços e que é o mercado que deve fazer isso", afirmou um delegado da Opep em Viena.

O resultado mais provável da reunião na sede da Opep é um acordo para um compartilhamento maior de informações, a fim de garantir uma melhor avaliação do mercado, dizem as fontes. Entre os que não são membros da Opep, participam Rússia, Brasil, México, Casaquistão e Colômbia. Noruega, Azerbaijão e Omã ficaram de enviar representantes, segundo fontes da Opep, mas acabaram ausentes.

É a segunda reunião do tipo desde que a Opep decidiu, em novembro do ano passado, manter sua cota de produção, abandonando seu papel costumeiro de controle da oferta para impulsionar os preços. Qualquer corte, segundo o grupo, representaria uma perda de mercado, sem gerar impacto nos preços, diante da forte produção dos EUA. O petróleo Brent oscila desde então entre US$ 40 e 68 o barril, bem abaixo das máximas de US$ 114 do ano passado.

Países da Opep como Venezuela, Argélia e Equador defendem mudanças na política do grupo, querendo cortes na produção e preços mais altos. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, aventou recentemente que a Opep voltasse à política dos anos 1980 de fixar os preços da commodity, estabelecendo uma banda de variação. O delegado do Golfo qualificou a ideia da Venezuela como "irrealista". Fonte: Dow Jones Newswires.

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