Economia

Intenção de consumo das famílias de Vitória sofre retração após duas altas consecutivas

Pesquisa da Fecomércio-ES aponta queda de 3 % em relação a setembro

A Intenção de Consumo das Famílias de Vitória recuou em outubro e apresentou uma queda de 3% em relação a setembro, atingindo 41,7 pontos. Na comparação anual, o indicador também apresentou recuo, de 24,3%. Os dados são da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio – ES). A pesquisa segue uma pontuação que varia de 0 a 200 pontos, em que os resultados abaixo de 100 significam insatisfação e os números acima de 100 significam satisfação em consumir.

A pesquisa ainda aponta que o recuo foi fortemente influenciado pelos componentes de acesso ao crédito (-11,8%) e a avaliação sobre o momento para duráveis, que caiu 10,2%, em relação ao mês anterior. Dos sete componentes do índice, três apresentaram variações positivas nessa comparação.

De acordo com o vice-presidente da Fecomércio-ES, João Elvécio Faé, essa variável ainda está muito ligada ao mercado de trabalho e, consequentemente, ao nível de confiança das famílias para consumir. “Apesar de um pouco mais seguros no emprego atual, os dados positivos devem começar a aparecer nos próximos meses, já que parte da retração atual deve acontecer por conta daquelas pessoas que estão empregadas, mas estão guardando dinheiro para o natal”, explica.

Emprego e consumo

Segundo o levantamento, no mês de setembro, o componente Emprego Atual registrou alta de 1,8% em relação ao mês anterior e continuou sendo o componente com a melhor avaliação entre os pesquisados, com 99,5 pontos. Já o componente das Perspectivas Profissionais caiu 9,8% em relação a setembro e permanece como o que possui o mais baixo valor em pontos (12,5 pontos).

Os componentes relativos ao consumo foram os que apresentaram crescimento na passagem de setembro para outubro, mas continuam em níveis muito baixos. O Nível de Consumo Atual avançou 6,3%, marcando 22,6 pontos.

Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Vila Velha, José Carlos Bergamin, a instabilidade da expectativa do consumo é o que mais tem impedido um crescimento mais rápido. “O consumidor ainda está inseguro em relação às perspectivas do próximo ano e também com a atual conjuntura política do país. Por isso, a consolidação do consumo será gradual e lenta”, comenta.

Brasil

A ICF apurada para o Brasil em outubro registrou 77,9 pontos, representando um crescimento de 1,4% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, isto é, em relação ao mesmo mês do ano passado, obteve incremento de 5,4%.

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