Economia

Pressão dos EUA em FMI e Banco Mundial pode afetar China, Alemanha e asiáticos

Redação Folha Vitória

Washington - A pressão exercida pelos Estados Unidos neste sábado sobre o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial pode afetar diversos países, como China, Alemanha, Coreia do Sul, Tailândia e Cingapura.

Do Fundo Monetário Internacional, o país demandou a redução do poder de países com excedente comercial. Do Banco Mundial, a diminuição dos empréstimos a países com receitas consideradas medianas.

Em seu discurso neste sábado, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, declarou que gostaria de ver o FMI sendo um "defensor mais contundente" do crescimento global por meio da imposição de vigilância mais rigorosa das políticas econômicas que vêm sendo buscadas pelos países membros da entidade, assim como examinando mudanças que precisam ser feitas por países com grandes excedentes comerciais.

Mnuchin também exortou o Banco Mundial a reduzir a quantidade de empréstimos concedidos aos países de renda média que arrecadam receita significativa por conta própria, dizendo que os programas do Banco devem ser adaptados para ajudar a completa transição desses mutuários a operarem sem a assistência do doador.

Apesar de não ter mencionado a China, as duas causas - relacionadas ao FMI e ao Banco Mundial - se aplicam à segunda maior economia do mundo, que recebe o maior volume de empréstimos do Banco Mundial e tem um dos maiores excedentes comerciais globais. Outros países com renda per capita semelhante à da China e que recebem volume significativo de recursos do Banco Mundial são o México, a Turquia e a Argentina.

Já a Alemanha, a Coreia do Sul, a Tailândia e a Cingapura estão entre os países que o FMI afirma terem os excedentes comerciais mais distorcidos e que, consequentemente, poderiam sentir maior pressão da instituição.

Tanto FMI como o Banco Mundial têm buscado mais recursos, em virtude da necessidade de ajustar e aumentar seu capital nos próximos anos. Os EUA são os maiores mantenedores das duas instituições e podem vetar o aumento de seus recursos e capacidade de financiamento. FMI e Banco Mundial também estão reequilibrando suas ações com poder de voto, de modo a dar a países que cresceram rapidamente nas últimas décadas uma representatividade proporcional ao tamanho de sua economia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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