Economia

Em reunião na Findes, presidente da Samarco diz que espera obter, em 2019, licenças para empresa voltar a operar

Durante encontro com lideranças da indústria capixaba, nesta quinta-feira, Rodrigo Vilela apresentou o status dos processos de licenciamento necessários para a retomada das atividades da mineradora

Rodrigo Vilela mostrou que processo de licenciamento para retomada das atividades está adiantado | Foto: Divulgação/Findes

O diretor-presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, se reuniu nesta quinta-feira (04) com lideranças de diferentes segmentos da indústria capixaba. Durante o encontro, na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Vilela apresentou o status dos processos de licenciamento necessários para a retomada das atividades da mineradora.

Os processos de licenciamento estão em andamento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais. Segundo Vilela, a expectativa é que a Samarco consiga as licenças necessárias para o retorno ao longo do ano que vem.

"Iniciamos, nesta semana, a implementação do novo sistema de disposição de rejeitos. Este é um passo fundamental para a retomada das operações. A nossa expectativa é obter, ao longo de 2019, as licenças necessárias para viabilizar o retorno das atividades", afirmou.

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O presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, celebrou a solução encontrada e as novas perspectivas de retomada das operações da empresa. "A paralisação da Samarco não trouxe impacto apenas para os 4 mil empregos diretos no Espírito Santo e para o desenvolvimento da região sul, mas para toda a cadeia produtiva da indústria. Setores como metalurgia e minerais não-metálicos participavam de diferentes etapas da cadeia produtiva, fornecendo insumos e serviços, mas a perda de massa de renda na região – R$ 283 milhões anuais, segundo estudo da Tendências Consultoria Integrada – impacta também a construção civil, o comércio e o setor de serviços", ressaltou.

"Temos o desafio de fortalecer a indústria de transformação, mas não podemos esquecer da relevância do setor extrativo para a economia. Mesmo com as variações no preço das commodities e a paralisação da Samarco – uma perda de US$ 766 milhões –, os minerais metálicos são 26% dos US$ 8 bilhões exportados pelo Estado em 2017", completou Castro.

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