Economia

Samarco vai receber licença para retomar operações em Anchieta neste mês; retorno está previsto para 2020

A volta da mineradora, contudo, só deve acontecer no segundo semestre de 2020, com as atividades reduzidas a 26% da capacidade

Foto: Reprodução

Prestes a completar quatro anos do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, que paralisou as atividades da Samarco, o governador Renato Casagrande usou as redes sociais para dizer que a mineradora está perto de retomar a operação.

O governador disse ter sido informado que até o dia 25 deste mês a Samarco receberá a licença definitiva para retomar as operações em Anchieta, no Porto de Ubu, destinado ao escoamento do minério de ferro produzido pela marca.

A volta da mineradora, contudo, só deve acontecer no segundo semestre de 2020, com as atividades reduzidas a 26% da capacidade.

Após a tragédia de Mariana, ocorrida em 5 de novembro de 2015, todas atividades da empresa foram paralisadas.

Para retornar a produção de minério de ferro, a empresa precisa de duas licenças: a primeira, referente a um novo local para a disposição de rejeitos; e a segunda, relativa ao Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, localizado em Mariana e Ouro Preto (MG).

Prejuízos

Sem operar no estado, a Samarco deixa de pagar R$ 206 milhões em impostos estaduais e outros R$ 8,5 milhões em tributos municipais por ano, que representam, respectivamente, 2% da receita tributária do Estado e 21% dos tributos arrecadados em Anchieta.

Anchieta

O impacto financeiro da paralisação das atividades da Samarco em Anchieta é imensurável, tanto para o município do sul do Estado como para o Espírito Santo. Antes do desastre, a unidade de pelotização da empresa em Ubu recebia, por meio de três minerodutos de 400 km, parte do minério de ferro extraído em Minas Gerais. 

Posicionamento da empresa

A Samarco informou, por meio de nota, que aguarda a realização da reunião da Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e que o processo de Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, em Mariana, segue todos os ritos previstos na legislação.

Ainda segundo a nota, a empresa disse que trabalha para retomar suas operações de forma gradual, sem barragem de contenção de rejeitos e após a implantação de um sistema de disposição e tratamento de rejeitos, que inclui a Cava Alegria Sul e a filtragem para o empilhamento a seco. Os recursos financeiros necessários para a planta de filtragem estão sujeitos à aprovação dos acionistas.

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