Economia

Maior prédio do ES será lançado em novembro, com apartamentos a mais de R$ 2 milhões

Taj Home Resort contará com duas torres, sendo que uma delas terá 50 pavimentos e chegará a uma altura de 158 metros

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Após um ano com as obras embargadas na Justiça, o empreendimento que contará com o maior prédio do Espírito Santo será lançado oficialmente ao público neste mês de novembro. Trata-se do Taj Home Resort, que está sendo construído nas proximidades da Rodovia do Sol, no bairro Jockey de Itaparica, em Vila Velha.

O empreendimento contará com duas torres, sendo que uma delas terá 50 pavimentos e chegará a uma altura de 158 metros. "A torre será mais de 50% maior que a segunda colocada do estado, que conta com 32 pavimentos", frisou Gustavo Rezende Oliveira, diretor comercial da Grand Construtora, responsável pelo Taj Home Resort.

Ao todo, serão 140 mil metros quadrados de área construída. Na Torre Oeste, a mais alta, serão construídos apartamentos com três suítes e até 176,41 metros quadrados, cujos preços variam de R$ 2,041 milhões a R$ 2,554 milhões.

Já na Torre Leste, localizada às margens da Rodovia do Sol e com 25 pavimentos, haverá unidades com quatro suítes e com valores ainda maiores: de R$ 3,838 milhões a R$ 4,485 milhões. Nessa torre, os apartamentos podem chegar a 295 metros quadrados.

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Além disso, o Taj Home Resort contará com aproximadamente 21 mil metros quadrados de área de lazer e serviço, fora um beach club, que será uma área exclusiva para os moradores do condomínio.

Segundo Oliveira, as obras do empreendimento estão avançadas e têm boas chances de serem finalizadas antes da previsão inicial de entrega, que é novembro de 2026.

"A fundação da Torre Leste já está toda concluída e estamos fazendo os arranques de coluna para iniciarmos a laje do térreo. Já na outra torre, já concluímos o embasamento. Estamos com as obras adiantadas em cerca de cinco meses e acredito que vamos entregar a obra pronta antes do prazo inicial, que é de 60 meses ou cinco anos, contados a partir do lançamento que será agora em novembro", detalhou o diretor.

Como as obras já estão em andamento, todos os postos de trabalho para essa fase já foram preenchidos. No entanto, a previsão é abrir novas vagas de emprego para as próximas fases, que são a obra bruta — lajotagem, instalação de canos, rede elétrica, etc. — e o acabamento.

A previsão da construtora é contratar entre 700 a 900 novos trabalhadores para essas fases. "O período que mais vamos demandar mão de obra é entre o 18º e o 24º mês. Por isso, certamente vamos fazer novas contratações nos próximos meses", destacou Oliveira.

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Obras foram embargadas por um ano por decisão da Justiça

As obras do Taj Home Resort deveriam ter começado no ano passado, mas só puderam ser executadas a partir do final de maio deste ano. Isso porque, em junho de 2020, a Justiça Federal determinou que as obras não poderiam começar enquanto a construtora não apresentasse um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) demonstrando que a construção não causaria prejuízos ambientais.

A decisão foi tomada com base em um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que alegou haver risco do prédio fazer sombra sobre a praia antes das 16 horas, prejudicando a vegetação de restinga.

O juiz Luiz Henrique Horsth da Matta, da 4ª Vara Federal Cível de Vitória, destacou, em sua decisão, que o Plano Diretor Urbano (PDU) de Vila Velha proíbe edificações que façam sombreamento sobre a praia antes desse horário.

Ainda de acordo com a decisão, o projeto aprovado pela prefeitura prevê sombra permanente na faixa da areia da praia a partir das 15 horas, o que poderia gerar danos irreversíveis àquela área.

No entanto, ainda no ano passado, foi firmado um acordo extrajudicial entre a Grand Construtora, a Prefeitura de Vila Velha e o Ministério Público Federal. Com isso, o processo judicial foi extinto.

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No entanto, a construtora e a prefeitura precisariam cumprir uma série de exigências, para que as obras pudessem ter início e as vendas começarem.

"Cumprimos toda a burocracia e as obrigações. O empreendimento definitivamente é legal e não infringe as leis em vigor", frisou o diretor da Grand Construtora.

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