Economia

CNC: intenção de consumo das famílias cresce em novembro, mas não indica retomada

Redação Folha Vitória

Rio - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,5% em novembro ante outubro ao atingir 74,3 pontos, mostrou nesta terça-feira, 22, pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em comparação a igual mês do ano anterior, no entanto, o índice caiu 2,8%. A percepção dos consumidores ainda é de "insatisfação com a situação atual", informou a instituição em comunicado.

O economista da CNC Bruno Fernandes diz que "ainda não existe, de fato, uma retomada do consumo", porque as famílias têm o orçamento afetado pelas condições desfavoráveis do mercado de trabalho.

A confederação afirma que há um processo de retomada gradual da confiança dos consumidores e empresário, mas, ainda assim, revisou suas expectativas de queda do varejo restrito, de -5,4% para -6%, e do ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, de -9,5% para -9%, ao fim de 2016.

Segundo a pesquisa, em novembro, o nível de consumo atual cresceu 2,9% comparado a outubro, mas caiu 11,4% comparado a igual mês de 2015. "A maior parte das famílias (62,8%) declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado", traz o comunicado.

Já o item "acesso ao crédito" se manteve estável na comparação mensal e apresentou redução de 10,4% em relação a novembro do ano passado. A pesquisa revelou também que a maior parte das famílias, 73,3%, considera o momento atual desfavorável para a aquisição de bens duráveis.

Expectativas

Bruno Fernandes aguarda para o segundo semestre do ano que vem a recuperação do segmento de varejo. Por enquanto, diz ele, a pesquisa divulgada nesta terça revela apenas "uma retomada lenta" do setor.

"Esperava-se que fosse mais rápida a retomada, mas isso não está ocorrendo. É possível que ocorra num ritmo mais lento até o segundo semestre de 2017. No início do ano que vem, o comércio ainda estará prejudicado por um mercado trabalho fraco", afirmou o economista.

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