Economia

Objetivo é ajustar política e manter ímpeto da inflação se preciso, diz Kuroda

Redação Folha Vitória

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, sugeriu nesta terça-feira que não necessariamente pressionará por novos estímulos, mesmo se a nova previsão para a inflação ficar ameaçada, contanto que os preços pareçam manter "o ímpeto". "Em relação a nossa conduta de política monetária, nossa posição fundamental é que nós faremos os ajustes necessários para manter o ímpeto rumo à meta de estabilidade de preços em 2%", afirmou Kuroda em entrevista coletiva, após a reunião do banco central.

O BoJ manteve a política monetária, mas revisou para baixo a previsão de inflação, após uma série de indicadores fracos. A instituição adiou sua previsão de atingir um índice de preços ao consumidor de 2% para o ano fiscal de 2018. Anteriormente, pretendia cumprir a meta de inflação no ano fiscal de 2017 - no Japão, o ano fiscal termina em março.

O dirigente afirmou que "a inflação poderá se estabilizar em 2% apenas depois do ano fiscal de 2018", ou seja, após a projeção mais recente para a trajetória dos preços. Ainda assim, ele disse que não houve mudança na avaliação de que a meta de 2% de inflação "precisa ser atingida com o uso de todos os instrumentos disponíveis".

Kuroda não especificou o que queria dizer por "ímpeto" da inflação. Ele disse que o prazo para cumprir a meta de inflação foi alterado por causa das expectativas fracas de preços. Mesmo assim, Kuroda ressaltou que os números da inflação ao consumidor no Japão continuam a ter viés de alta.

A autoridade disse que era "desapontador" que a meta inicial para os preços não tivesse sido atingida. Mas ele afirmou que estava incorreta a visão de alguns de que a deflação poderia ser boa para a economia do Japão. "Não é verdade que a deflação seja favorável para a economia ou desejável para as pessoas", afirmou.

Sobre a trajetória dos juros, o presidente do banco central disse que a atual curva de juros é "apropriada". Segundo ele, os mercados é que determinam o nível dos retornos dos bônus de vencimentos muito longos.

Kuroda disse ainda que o BoJ acompanhará atentamente o impacto da eleição presidencial dos EUA para a economia mundial. Fonte: Dow Jones Newswires.

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