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ES investe 0,5% do que poderia para destinar a produções audiovisuais, afirma produtor

Para o produtor-executivo Magno Santos, se a totalidade dos recursos fosse investida no Estado, haveria geração de emprego e desenvolvimento da cultura


Foto: Lucas Henrique Pisa/TV Vitória
Desafios para os produtores audiovisuais capixabas é encontrar investidores para financiamento

O Espírito Santo tem potencial de receber um investimento anual em produções audiovisuais de cerca de R$ 180 milhões por ano, mas apenas R$ 480 mil desses recursos ficaram no Estado, em 2017. O dinheiro deveria vir de isenções fiscais para financiar produções culturais.

"A grande pergunta do mercado é a seguinte: por que esses recursos não ficam aqui no Espírito Santo? Isso geraria renda, emprego e poderia promover nossa cultura. Mas por falta de conhecimento das pessoas físicas e jurídicas que podem destinar parte do imposto de renda para esse fundo, a maioria do dinheiro vai para Brasília. Essa é uma preocupação seríssima", afirma o produtor-executo, Magno Santos.

Por que os recursos não ficam no Estado? Assista a explicação:

A discussão sobre o assunto reuniu entusiastas e produtores audiovisuais capixabas em uma palestra, na tarde desta quinta-feira (29), em Vitória. O produtor fala na importância de formar parcerias para a produção e divulgação de um conteúdo.

"Se você quer produzir um comercial, por exemplo, é importante aliar ao maior número de parceiros possíveis. É sempre interessante a marca se unir a fatos importantes do que está acontecendo no Brasil e no mundo não focando apenas em vender um produto. Isso se chama 'branding marketing'", afirma Santos.

Foto: Lucas Henrique Pisa/TV Vitória
Palestra reuniu produtores audiovisuais para discutir os desafios do setor no Espírito Santo

Magno também fala sobre os entraves legais e burocráticos para o produtor audiovisual. "Hoje o produtor brasileiro precisa ser um perito em leis. É assim que funciona. Desta forma, fica mais assertiva a busca por recursos para se produzir um conteúdo. O produtor-executivo precisa ficar atento às parcerias para conseguir fechar um bom produto", analisa.

Os produtores também esbarram na dificuldade de angariar patrocínios e reunir apoio governamental. "Cultura é algo ligado à esquerda política no Brasil. Essa é uma barreira para monetizar os negócios audiovisuais. Os investidores não são muito flexíveis em relação a isso. é preciso encontrar um balanço entre investidores públicos e privados. Não é fácil", analisa o especialista.

Foto: Lucas Henrique Pisa/TV Vitória
Como trazer investimento de audiovisual ao mercado capixaba é um dos principais questionamentos

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Plugue-se

A palestra faz parte do evento promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Indústrias no Espírito Santo (Sebrae-ES), o Plugue-se, que vai até o dia 30 de novembro. Uma série de palestras com especialistas no meio empresarial e tecnológico, que irão esclarecer dúvidas e apontar soluções para as micro e pequenas empresas capixabas.

O evento é aberto ao público. Acesse o site e verifique em quais palestras ainda há vagas. Também existe a opção de acompanha-las online.

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