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Mundo pré e pós-smartphone: como a inovação disruptiva está mudando os padrões de consumo

Empresário diz que "cliente é como água: está sempre procurando o caminho mais curto e mais fácil para conseguir o que quer e resolver os problemas"

Lucas Henrique Pisa

Redação Folha Vitória
Foto: Lucas Henrique Pisa/TV Vitória
Arthur Igreja mostra como as tecnologias influenciam na economia das maiores potências mundiais

Em 11 anos, o mundo passou por mais mudanças tecnológicas do que em qualquer outra fase da História. A constatação é do empresário e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Arthur Igreja. O divisor de águas foi o surgimento do smartphone. Um verdadeiro computador portátil em que se faz quase tudo.

"A mudança nas nossas vidas, desde 2007, graças à tecnologia é monstruosa. Isso muda comportamentos e padrões. É um mundo em que quem consegue inovar mais são aqueles que celebram o fracasso. Tem que estar preparado para ele e saber como superá-lo", afirma Igreja.

Foto: Francine Leite/TV Vitória
A criação do smartphone, em 2007, pode ser considerada um marco da tecnologia disruptiva

O empresário também pondera que as mudanças globais são desafios para a economia mundial. "Pensa comigo. Quanto mais as empresas usam a tecnologia, menos imposto o Estado arrecada. A nova cadeia produtiva não passa pelos sistemas tributários. E já vivemos essa realidade. O Estado será reduzido pela tecnologia", conta.

É neste ponto que o micro e pequeno empreendedor deve se ater. Para o professor, o marketing digital é essencial para todos os negócios. "Não consigo entender empreendedor que ainda está pensando em investir em marketing digital. Isso é essencial. Hoje o cliente antes de ir comprar o que quer, já sabe mais do produto do que o próprio vendedor. É o que chamamos em 'single shot', é a chance única para a loja vender um produto", analisa Igreja.

Inovação é tecnologia?

Foto: Lucas Henrique Pisa/TV Vitória
O empresário explica para os empreendedores a essencialidade do marketing digital

Para muita gente a resposta seria "sim". Mas para Arthur Igreja a resposta não é tão objetiva assim. "Inovação não é tecnologia. Inovação é simplificar a vida do usuário. Cliente é como água: ele está sempre procurando o caminho mais curto e mais fácil para conseguir o que quer e para resolver os problemas", afirma.

Igreja dá exemplos que confirmam a tese. "Já fui em grandes lojas de departamento que não aceitavam pagamento pelo celular e não fizeram nada para mudar isso. Outro dia fui comprar pipoca. O pipoqueiro virou case após eu descobrir que ele aceitava receber pagamentos pelo celular. Isso é entender o cliente. As grandes empresas estão morrendo não é por falta de tecnologia, mas por não conhecer o cliente, por não tratar como pessoa e sim como números em uma planilha", completa.

Mas o que é inovação disruptiva? Arthur Igreja explica:

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Igreja ainda pondera sobre as discussões em torno das inovações e previsões de futuro: "Uma coisa que todo empreendedor precisa entender; o fim sempre estará nas pessoas. Muita gente se preocupa demais com a tecnologia e com o percurso que ela pode nos levar, mas o objetivo-fim sempre estará em melhorar a vida das pessoas", completa.

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Plugue-se

A palestra faz parte do evento promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Indústrias no Espírito Santo (Sebrae-ES), o Plugue-se, que vai até o dia 30 de novembro. Uma série de palestras com especialistas no meio empresarial e tecnológico, que irão esclarecer dúvidas e apontar soluções para as micro e pequenas empresas capixabas.

O evento é aberto ao público. Acesse o site e verifique em quais palestras ainda há vagas. Também existe a opção de acompanha-las online.

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