Economia

Drex, o parente do Pix: entenda o que é o novo real digital

O Banco Central tem como definição que o Drex seria um passo a mais na família do Pix. Mas, na prática, são coisas bem distintas

IBEF-ES

Foto: Montagem / Folha Vitória
*Artigo escrito por Fabrício Norbim, administrador de empresa, assessor de investimentos na Valor Investimentos, líder do CQC de Finanças do IBEF-ES e Membro do IBEF Academy.

Irmão do Pix? Afinal, qual o real parentesco do Drex com o Pix?

Esse é um questionamento atual dos brasileiros desde a divulgação, pelo Banco Central, do “Novo real digital”, conhecido como Drex. 

A sigla, que é a junção das iniciais do digital real eletrônico acrescido de um “X”, que representa a tecnologia. O Drex tem previsão de chegar até o consumidor no final de 2024.

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O Banco Central tem como definição que seria um passo a mais na família do Pix. Mas, na prática, o Drex não é uma substituição ao Pix, pois são coisas bem distintas. 

Enquanto o Pix é uma modalidade de transferência de valores, o Drex representa a digitalização da moeda brasileira. É o próprio dinheiro, representado por uma moeda digital, com um grande diferencial: é regulado pelo Banco Central, o que confere uma maior segurança para os usuários.

Com relação a valores, o Drex será sempre equivalente ao real. Assim, 1 Drex equivalerá a 1 real. Neste caso, não deve ter espaço para especulações.

Mas, afinal, o que mudaria utilizar a moeda digital?

Assim como já é feito em outros países, o fato da moeda ser digital traz uma flexibilidade maior no uso. 

Um exemplo seria a compra de um carro, modalidade em que poderia ser criado um contrato inteligente, o que inclui a transferência de Drex entre as carteiras digitais e a realização do vínculo da posse do veículo. 

Assim, o novo comprador conseguiria ser legalmente o novo dono do veículo sem precisar necessariamente passar pela burocracia de um despachante, mesmo que ainda seja necessária a atuação do Detran como intermediária.

Além dessas facilidades, poderia, também ser direcionado o uso, como uma personalização, a exemplo da “mesada” existente em algumas famílias. 

Assim, o dinheiro mensal dado aos filhos pode ser destinado especificamente para um recurso escolhido, como a compra de um carro.

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