Economia

Que tal investir o 13º salário? Assessor de investimentos indica por onde começar

Apesar de a poupança ter começado a gerar retorno com a baixa na inflação, ela ainda não é a forma mais indicada de investimento, diz o assessor de investimentos

Além da quitação de dívidas, muitas pessoas utilizam o 13º salário para compras de fim de ano. Neste ano, o salário extra deve render cerca de R$ 1 bilhão na economia do Espírito Santo, segundo análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES).

Além das compras de Natal, o valor costuma ser usado para pagamento de débitos e tributos ou ainda para começar o novo ano com alguma reserva financeira. De olho na fatia destinada aos presentes, o comércio espera a segunda parte do 13º salário para recuperar as vendas.

Contudo, se você é uma das pessoas que já quitou todas as dívidas e planeja investir, ao invés de gastar esse dinheiro, o assessor de investimentos Gabriel Meira, indica o caminho.

"O primeiro passo é pensar no perfis de um investidor, que são: conservador, moderado e agressivo. A pessoa tem que entender um pouco qual será o perfil de risco dela. O segundo ponto é pensar o tipo de investimento: curto, médio ou longo prazo", fala o assessor. "Se uma pessoa tem um perfil de investidor mais moderado e tem um percentual do dinheiro que é para longo prazo, isso é ótimo, porque ele pode pensar em tomar um risco maior e, consequentemente, um retorno maior", considera.

De acordo com Meira, apesar de a poupança ter começado a gerar retorno com a baixa na inflação, é indicado buscar outras formas de investimento. "É importante sempre tentar fugir da poupança. Se você está começando uma reserva financeira agora, há diversos investimentos interessantes para se fazer. Um deles é o Tesouro Direto, que é um começo para o investidor inciante", sugere.

"Tem também o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que possui vários investimentos atrelados... Há também fundos de renda fixa, que têm risco baixo e com retorno muito interessante que é bem acima da poupança, da inflação e da taxa de juros, que é o mais interessante", completa.

O assessor garante que o ideal para um investimento é começar por um fundo de renda fixa, que permita aportes esporádicos, Esses aportes vão contar para juros compostos em cima do mesmo capital. A partir disso, é importante pensar no Tesouro Direto para agregar valor em cima dela.

"É importante ressaltar que só o primeiro investimento em si não vai fazer milagre. A pessoa tem que começar a criar uma cultura, uma disciplina de poupança para passar de um poupador somente, para um investidor e sempre estar agregando mais capital ao seu montante principal", diz Gabriel.

Quem pensa que é necessário ter valores exorbitantes para iniciar uma disciplina de poupança se engana. O especialista revela que 10% do salário já é suficiente. "Ao receber o salário, a primeira coisa que a pessoa tem que fazer é poupar esses 10% do valor total. Tem que ser a primeira coisa, porque assim você cria um hábito. Essa é uma forma de criar uma disciplina e fazer o seu dinheiro crescer cada vez mais".

Gabriel afirma que qualquer investimento tem que superar o valor da inflação. Caso contrário, o investimento se torna um prejuízo. "No caso das pessoas que desejam aplicar o 13º, basta pegar o montante e aplicar em algo que tenha uma segurança, com visão média para longo prazo. Isso porque o investidor vai começar a ver retorno do investimento. O dinheiro deve ser aplicado sempre em algo que supere a inflação", finaliza.

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