Economia

Novas medidas para crédito devem ser anunciadas nos próximos dias, diz Banco Central

Em audiência na comissão mista que acompanha medidas de combate à pandemia do coronavírus, Campos Neto disse que o Brasil não tem um problema de falta de cédulas

Novas medidas para crédito devem ser anunciadas nos próximos dias, diz Banco Central Novas medidas para crédito devem ser anunciadas nos próximos dias, diz Banco Central Novas medidas para crédito devem ser anunciadas nos próximos dias, diz Banco Central Novas medidas para crédito devem ser anunciadas nos próximos dias, diz Banco Central
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que novas medidas para estimular a concessão de crédito devem ser anunciadas nos próximos dias. “As medidas querem direcionar o crédito para que chegue onde tem que chegar”, afirmou.

Ele citou ainda a reformulação do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) que está sendo elaborada pelo BNDES e deve ser anunciada em breve. “Entendemos que fundo garantidor é bom porque alavanca o crédito”, completou.

Em audiência na comissão mista que acompanha medidas de combate à pandemia do coronavírus, Campos Neto disse que o Brasil não tem um problema de falta de cédulas.

Ele completou que houve um aumento da demanda por dinheiro em espécie com os saques do auxílio emergencial e o maior entesouramento por incertezas geradas pela crise. “Pedimos à Casa da Moeda que antecipe produção. Não existe falta de cédula em ATM e nem vai existir. Não temos problema aqui e nem vemos problema à frente”, afirmou.

Condições

O governo poderá permitir que empresas tomem crédito subsidiado para financiar o pagamento da folha de pagamentos com o compromisso de manter apenas 50% de seus empregados. A informação consta da apresentação do presidente do Banco Central em comissão do Congresso Nacional.

Até agora, a exigência era de conservar 100% dos empregos, mas a linha vinha tendo uma procura menor do que a esperada. Há duas semanas, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou que o governo poderia flexibilizar a exigência de manutenção do emprego para que empresas peguem empréstimos com recursos do Tesouro Nacional para pagar salários.

A reformulação do programa está sendo discutida na tramitação da MP 944, que criou a medida de financiamento da folha de pagamentos.

A apresentação de Campos Neto informa ainda que o programa será estendido para empresas com faturamento superior a R$ 10 milhões, até R$ 50 milhões, como também antecipou o Broadcast, e que o programa será estendido por mais dois meses. A medida inicial era para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A expectativa, de acordo com a apresentação, é de um impacto adicional de R$ 5 bilhões com a extensão do programa e de mais R$ 5 bilhões com a inclusão da nova faixa de faturamento, com um volume total do programa de R$ 15,5 bilhões.

Campos Neto utilizou a apresentação como base de sua fala inicial na comissão mista que acompanha medidas de combate à pandemia do coronavírus, mas não fez a leitura da parte que trata da reformulação do programa de financiamento da folha de pagamentos. De acordo com o documento, dos R$ 40 bilhões inicialmente previstos, foram liberados até agora R$ 1,929 bilhões.