Economia

"Novo regime" da Argentina influencia expectativas de toda região, diz FGV

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Rio – A percepção de que a Argentina entrou em um “novo regime” com a eleição de Mauricio Macri para a Presidência entusiasmou analistas e melhorou as expectativas em relação ao clima econômico no país. “Claramente a Argentina percebeu o novo governo como um novo regime. É uma questão de confiança”, explicou Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), ao comentar os resultados do Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, que subiu 2,9% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, em comparação aos três meses até outubro de 2015, de 70 para 72 pontos.

A alta do ICE da Argentina, de 72 para 109 pontos em três meses até janeiro deste ano, foi puxada pelas expectativas, já que a situação atual continuou desfavorável. “É claro que temos de ver o segundo passo, se as novas políticas terão resultado”, disse.

Esse resultado teve impacto na região, sobretudo nos indicadores do Uruguai e do Paraguai, que têm ligação bastante próxima com a economia argentina. No Brasil, o efeito foi menor e mesclado com outros fatores, como o andamento do ajuste externo e menor pessimismo de empresários e consumidores. O indicador do País saiu de 44 para 47 pontos no período. “A situação na América Latina não é muito favorável, os países são muito dependentes de commodities, que não estão num bom momento. Não dá para dizer que é uma melhora consistente, que vai continuar nesta trajetória”, ponderou Lia.