Economia

Onze empresas se apresentaram para estudar novas concessões em portos

Onze empresas se apresentaram para estudar novas concessões em portos Onze empresas se apresentaram para estudar novas concessões em portos Onze empresas se apresentaram para estudar novas concessões em portos Onze empresas se apresentaram para estudar novas concessões em portos

Brasília – Onze empresas se apresentaram para realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o arrendamento de seis áreas de portos públicos que vão compor o chamado Bloco 2, informou nesta quinta-feira, 13, a Secretaria de Portos (SEP). Estimativas iniciais do governo indicam que elas deverão receber investimentos de aproximadamente R$ 1,3 bilhão.

“É uma prova inequívoca do interesse do setor privado nos arrendamentos de novas áreas portuárias”, afirmou o ministro Edinho Araújo. Nessa etapa, as empresas se apresentam apenas para fazer os estudos. Mas o governo vê nela uma espécie de termômetro sobre o interesse do setor privado em disputar as concessões. Segundo a SEP, a área que menos despertou interesse nessa rodada será estudada por pelo menos cinco grupos empresariais.

O governo vai selecionar um estudo de cada área para embasar a elaboração dos editais de licitação, no chamado Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Se tudo correr como o planejado, os leilões ocorrerão no primeiro semestre de 2016.

Os estudos dizem respeito a duas áreas no porto de Santos (SP), duas em Suape (PE), uma em São Francisco do Sul (SC) e outra no porto do Rio de Janeiro. A intenção do governo é leiloar essas áreas no primeiro semestre de 2016. Em Santos, uma área fica na região chamada Conceiçãozinha e se destina à movimentação de grãos e outra fica na Ilha Barnabé, para granéis líquidos.

Na primeira edição do Programa de Investimentos em Logística (PIL), o governo não conseguiu leiloar nenhuma área em porto público. O processo ficou parado por mais de um ano no Tribunal de Contas da União (TCU). Nessa segunda edição do programa, a previsão é leiloar 50 arrendamentos, com investimentos estimados em R$ 11,9 bilhões.

A autorização do TCU para seguir com os leilões saiu este ano, mas o processo voltou a parar em junho passado, porque o governo decidiu mudar o critério de escolha do vencedor nos leilões. Originalmente, venceria quem se comprometesse com maior movimentação de carga ou menor tarifa. Mas, no PIL 2, a opção foi pela cobrança de uma taxa de outorga. Vence quem pagar mais para obter a concessão.

Por causa dessa alteração, o governo fez nova consulta ao TCU, para saber se os estudos já examinados pela corte de contas precisariam ser refeitos. A resposta ainda não foi dada.

Responsável pelos programas de investimento do governo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, tem aproveitado as visitas feitas aos ministros do TCU, nas quais detalha a defesa do governo no caso das “pedaladas fiscais”, para também pedir uma decisão sobre os portos. “Mostramos que é importante que isso seja feito o mais rápido possível para viabilizar as concessões”, disse na quarta-feira, após reunir-se com o ministro Benjamin Zymler. “Neste momento de redução da atividade, vai movimentar bastante o setor.” (Colaborou Lorenna Rodrigues)