Economia

Pacheco diz que apresentará 'soluções possíveis' para piso da enfermagem

Pacheco diz que apresentará ‘soluções possíveis’ para piso da enfermagem Pacheco diz que apresentará ‘soluções possíveis’ para piso da enfermagem Pacheco diz que apresentará ‘soluções possíveis’ para piso da enfermagem Pacheco diz que apresentará ‘soluções possíveis’ para piso da enfermagem

Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria pela suspensão do piso nacional da enfermagem na tarde desta quinta-feira, 15, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que vai se reunir com líderes partidários e, até segunda-feira, apresentará “soluções possíveis” que garantam fontes de custeio para a manutenção da equiparação salarial da categoria.

Pacheco destacou, em nota e depois postagem no Twitter, que “evidentemente não desejava” que o STF mantivesse a suspensão, determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso em 4 de setembro. Mas, segundo ele, agora cabe ao Congresso, “apresentar os projetos capazes de garantir a fonte de custeio a estados, municípios, hospitais filantrópicos e privados”.

“Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve”, disse o senador.

Ainda não é possível, contudo, vislumbrar qual deve ser a solução mais factível. Na semana passada, depois de apelar para a burocracia e enviar um pedido de encontro por meio de seu gabinete, Pacheco conseguiu se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater o assunto na última sexta.

Como informou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o chefe da pasta evita o encontro com o senador ao longo de toda a semana devido aos temores de que o impacto para garantir a manutenção do piso da enfermagem, calculado internamente em algo em torno de R$ 6 bilhões, fosse empurrado para o colo da União.

No encontro, Guedes defendeu a desoneração da folha de pagamentos do setor de saúde – ou seja, reduzir os encargos cobrados sobre os salários dos funcionários – como forma de compensar o piso. Pacheco tem falado ainda na correção da tabela do SUS e a compensação da dívida dos estados com a União. Sem nada definido e aguardando outro encontro com o ministro, as opções serão debatidas com os líderes no Congresso.

A lei que estabeleceu o piso salarial dos profissionais de enfermagem entre R$ 2.375 e R$ 4.750 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no início de agosto, mas, ao aprová-la, o Congresso não indicou fontes de recurso para os gastos extras, especialmente de Estados e municípios. Ao suspender a lei, Barroso se ancorou justamente neste fato e alegou risco á empregabilidade e possibilidade de fechamento de leitos, hipóteses acatadas pela maioria dos demais ministros do STF na votação no plenário virtual.

Até o momento, também não há nenhuma expectativa de sessão do Senado para amanhã ou as próximas semanas. Entre os parlamentares, acredita-se os encontros só voltem a acontecer após o primeiro turno, em 2 de outubro.