São Paulo – O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, avaliou nesta quarta-feira, 9, que o processo do impeachment atrapalha o funcionamento do Congresso, mas destacou que, ao mesmo tempo, algumas atividades continuam em andamento, como as votações do Orçamento de 2016. Ele apontou que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem o plano plurianual, que é necessário para dar prosseguimento à votação do Orçamento, e que o relator do projeto, deputado Ricardo Barros, já apresentou seu parecer preliminar. “Estamos trabalhando para aprovar todas as leis orçamentárias este ano”, garantiu.
Questionado se a instabilidade política pode atrapalhar o programa de concessões, Barbosa admitiu que o cenário atual causa volatilidade nos ativos brasileiros, mas argumentou que as concessões são projetos de longo prazo. “São projetos para 25, 30 anos. O investidor não olha só este mandato. Tenho certeza de que, com o histórico brasileiro de respeito a contratos, de receber bem os estrangeiros, e principalmente o potencial de aumento da produtividade, da rentabilidade e a demanda reprimida que existe por esses projetos de infraestrutura, os próximos leilões vão ser bem-sucedidos”, afirmou após o leilão de três áreas portuárias do Porto de Santos (SP) realizado pela manhã, na sede da BM&FBovespa.
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Barbosa afirmou ainda que o governo está seguro de que não há base jurídica nem econômica para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “O tempo de decisão (sobre o processo de impeachment) é do Congresso, que vai decidir quando e como será analisado. No momento necessário, nós apresentaremos a defesa da presidente e tenho certeza que o pedido de impeachment será negado.”
