Economia

Para IBGE, PIB do 3º trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária

Para IBGE, PIB do 3º trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária Para IBGE, PIB do 3º trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária Para IBGE, PIB do 3º trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária Para IBGE, PIB do 3º trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro mostrou perda de fôlego na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, com resultados heterogêneos entre as atividades econômicas investigadas, confirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB teve ligeiro avanço de 0,1% no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior, a terceira taxa positiva consecutiva. A atividade econômica, porém, vinha de altas mais expressivas no segundo trimestre (1,0%) e primeiro trimestre (1,4%).

“Realmente ficou estável”, declarou Palis. “A gente vai ver que nesse trimestre a economia teve comportamentos bem distintos por dentro das atividades.”

No terceiro trimestre, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB da agropecuária encolheu 3,3%, enquanto o dos serviços cresceu 0,6% e o da indústria avançou também 0,6%.

“O PIB do terceiro trimestre foi puxado para baixo pela agropecuária. Indústria e serviços cresceram”, reconheceu Palis. “Lógico que na agropecuária, isso já era totalmente esperado, porque a soja teve safra recorde, e, quando sai de cena, tem crescimento menor. A soja estava puxando muito para cima no primeiro e no segundo trimestres”, acrescentou.

Pela ótica da oferta, considerando as 12 atividades econômicas, três tiveram recuos. Além da agropecuária, houve perdas na construção (-3,8%) e nos transportes (-0,9%). Outras duas ficaram praticamente estagnadas: indústrias extrativas (0,1%) e indústria da transformação (0,1%).

“A queda no transporte foi puxada por transporte de passageiros”, explicou Palis.

Já a construção e a indústria de transformação, que integram o PIB Industrial, sentem os efeitos contracionistas da política monetária ainda restritiva.

“Apesar de a gente ter tido nesse trimestre passado duas quedas na taxa de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), demora para ter efeito na economia, e a taxa (básica de juros, a Selic) continua em patamar elevado”, justificou Palis. “A gente vê que a maior parte dos destaques negativos na (indústria da) transformação são ligados a bens de capital, que rebatem também nos investimentos.”

Os demais avanços no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2023 ocorreram nas atividades financeiras (1,3%), atividades imobiliárias (1,3%), informação e comunicação (1,0%), eletricidade e água (3,6%), comércio (0,3%), outras atividades de serviços (0,5%) e administração pública e seguridade social (0,4%).