Economia

Parlamentares não veem conflito de interesse

Parlamentares não veem conflito de interesse Parlamentares não veem conflito de interesse Parlamentares não veem conflito de interesse Parlamentares não veem conflito de interesse

Brasília – Deputados e senadores não enxergam conflito de interesse em discutir um novo Refis, com perdão de juros e multas em dívidas da União, mesmo sendo potenciais beneficiados do novo programa de parcelamento.

Sabino Castelo Branco (PTB-AM) afirmou que fez o parcelamento do valor e pediu a retirada desse nome da lista. Carlos Melles (DEM-MG) contou que não sabia da dívida de quase R$ 900 mil, mas não vê conflito. “Sou deputado, mas sou brasileiro, tenho direito de me defender”. Carlos Bezerra (PMDB-MT) também negou qualquer tipo de conflito. “O Refis abrange todo mundo”, afirmou. Wladimir Costa (SD-PA) disse que deve não só à Fazenda Nacional, como também “a Deus e o mundo”, mas que vai pedir parcelamento. Junior Marreca (PEN-MA) afirmou que não parcelou ainda porque entrou com um pedido de retificação da dívida.

O deputado Bebeto (PSB-BA) explicou que a dívida está sendo paga e vai votar contra a proposta do Refis. Cajar Nardes (PR-RS) disse que o débito é de uma empresa do qual era sócio, mas pediu dissolução da sociedade em 2005. O deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) afirmou que está contestando os valores referentes à pendência. Ezequiel Fonseca (PP-MT) respondeu à reportagem que não tinha ciência do débito, mas que vai pagar.

A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) argumentou que a pendência é de um processo de 1999, que já está quite. Augusto Coutinho (SD-PE) disse que a dívida é referente a uma multa, que está sendo questionada judicialmente. José Fogaça (PMDB-RS) afirmou que votará contrário ao Refis. Arthur Lira (PP-AL) disse que seu débito foi parcelado. Franklin (PP-MG) contou que está regularizando a situação. O deputado Guilherme Mussi (PP-SP) não tinha conhecimento da pendência.

Gilberto Nascimento (PSC-SP) disse que estava viajando e não poderia falar. George Hilton (PSB-MG) não quis se manifestar porque o caso está sendo alvo de processo na Justiça. Os demais deputados não foram encontrados.

Senado

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) informou que o débito se refere a verba indenizatória do início dos anos 90 que foi incorporada no seu imposto de renda e está sendo questionado na Justiça. Lindbergh Farias (PT-RJ) diz que a dívida refere-se a uma multa eleitoral da campanha de 2014 que também está sendo questionada na Justiça. João Alberto de Souza (PMDB) não respondeu os questionamentos da reportagem. Jader Barbalho (PMDB-PA) não foi encontrado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.